Seis meses depois de os bancos públicos iniciarem a política do governo de redução das taxas de juros, o custo dos empréstimos bancários atingiu o menor patamar das estatísticas oficiais. Apesar do crédito mais barato, a inadimplência de consumidores e empresas subiu neste período e se mantém há três meses no nível mais alto da série histórica iniciada em junho de 2000 pelo Banco Central.
Dados do BC mostram que, em setembro, a taxa média de juros chegou a 29,9% ao ano. Nos dois últimos trimestres, houve redução dos juros tanto para consumidores quanto para empresas, incluindo linhas como cheque especial, crédito pessoal, veículos e capital de giro. O nível de atrasos, no entanto, segue no nível recorde de 5,9% desde julho, puxado pela inadimplência das pessoas físicas, que corresponde a 7,9% das suas dívidas, maior porcentual desde o fim de 2009. Houve alta nos atrasos do cheque especial, crédito pessoal, cartão de crédito e no financiamento de veículos.