Em meio aos pavilhões de gado de corte e de leite na Expointer, em Esteio, o tratamento dado aos animais de competição é um dos principais pontos que chamam a atenção dos visitantes que circulam pelo complexo em cada edição da feira. Animais tomando banho, besuntados com produtos especiais e recebendo tosa detalhista viram o centro da atenção do público, principalmente daquele que não está muito acostumado com esse tipo de exposição.
Na tarde desta terça-feira (29), a tosa de gados da raça Devon no espaço da cabanha Camboatã, de Camaquã, era um dos destaques nesse tratamento diferenciado dado aos animais. O manejo do argentino Laureano Arambarri, 49 anos, nos animais chamava a atenção pelo detalhismo e cuidado. Com uma máquina de tosa, ela aparava o pelo do animal de maneira minuciosa e delicada, lembrando a atuação de barbeiros profissionais.
Questionado sobre o processo, Arambarri afirma que a técnica visa ressaltar as qualidades do animal para dar mais competitividade nas provas realizadas no parque.
— Cada animal tem a sua morfologia. Alguns têm o lombo mais quebrado, outros o pescoço mais curto, cabeça maior. Então, não é uma tosa igual para todos. A gente tenta ressaltar as virtudes e esconder um pouco os defeitos — resume o argentino em um bom portunhol.
Além da tosa, os animais também são submetidos a uma espécie de secador, que busca deixar o pelo mais uniforme e bonito. Logo após todo esse processo, os gados ficam reluzentes, imponentes à espera da competição.
E esse tratamento de beleza não é dado somente aos bovinos. A tosquia de ovelhas entre um pavilhão e outro também chama a atenção dos visitantes, principalmente das crianças.