Nem o clima de "quase chuva" e mormaço afastou o público do primeiro dia de Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. Com ruas cheias em sua maior parte, a exposição foi oficialmente aberta nesta segunda-feira (6) com expectativa de superar os números da edição do ano passado.
As máquinas robustas e tecnológicas, claro, são a principal atração. E as marcas investem pesado na divulgação para chamar a atenção dos visitantes.
Com jogo de luzes, descerrar de cortinas e até show de fumaça, o público se aglomerava para ver o lançamento de uma das atrações no estande da Stara. A demonstração foi uma pequena amostra do que prometem os mais de 590 estandes ao longo dos cinco dias de exposição.
— É uma loucura o que é a tecnologia hoje em dia — dizia, encantado, Plínio Jung.
O aposentado trabalha com revisão de máquinas e diz se surpreender com as tecnologias apresentadas a cada ano. Antes, conta, produziu "de tudo um pouco" por 44 anos nos seus 70 hectares de terra. A propriedade fica em Lagoa dos Três Cantos, entre Não-Me-Toque e Tapera, onde vive o ex-produtor.
Jung afirma que não falta a uma Expodireto e que visita a feira sempre no primeiro e no último dia "para ver o movimento".
— Esse ano está bom mesmo — diz sobre a largada em 2023.
Debruçado na sombra de uma graneleira, o produtor de Ibirubá Marcelo Wille se contenta apenas em olhar as novidades. A estiagem atingiu em cheio a sua produção de grãos de verão, obrigando-o a apertar o cinto para novos investimentos. O produtor teve quebra de 60% nos 120 hectares de soja e milho. Ainda assim, estava contente com o que via na abertura da exposição:
— Vejo que tem bastante coisa nova, e cada ano muda.
A chuva, mesmo, foi cair só na segunda parte do dia, mas não foi suficiente para afastar quem já tinha ido ao parque para curtir o dia. A Expodireto Cotrijal vai até sexta-feira (10), e mais de 260 mil pessoas são esperadas até o encerramento.
