
Com os avanços da medicina veterinária e os cuidados cada vez mais atentos dos tutores, os cães estão vivendo por mais tempo e com melhor qualidade de vida. Hoje, a expectativa de vida de um cachorro varia conforme a raça e o porte, podendo ir de 10 a 15 anos – ou até mais em alguns casos.
No geral, cães de grande porte são considerados idosos a partir dos 6 ou 7 anos, enquanto cachorros de porte médio e pequeno entram nessa fase por volta dos 8 ou 9 anos. No entanto, envelhecer não significa perder vitalidade, e muitos animais continuam ativos, brincalhões e saudáveis por vários anos.
Apesar disso, ainda existem muitos mitos sobre cachorros idosos que podem levar a cuidados inadequados ou mesmo a negligência em relação à saúde e bem-estar desses animais. Para garantir uma vida longa e saudável ao seu pet, é essencial entender a realidade por trás de algumas afirmações falsas. Veja a seguir!
1. Cachorros idosos não aprendem novos truques
Mito. Assim como os humanos, os cachorros mantêm sua capacidade de aprendizado ao longo da vida, embora possam precisar de mais paciência e reforço positivo. O treinamento mental é essencial para manter o cérebro ativo e retardar possíveis problemas cognitivos, como a síndrome da disfunção cognitiva, semelhante ao Alzheimer em humanos. Ensinar novos comandos, brincadeiras ou até mesmo atividades como farejamento pode ser uma ótima forma de estimular o cão idoso e fortalecer o vínculo com o tutor.
2. Cachorros idosos não precisam de exercícios
Mito. Embora seja necessário adaptar o nível de atividade conforme a idade e as condições físicas do animal, manter uma rotina de exercícios é fundamental para evitar problemas como obesidade, dores articulares e perda de massa muscular.
Caminhadas leves, brincadeiras controladas e exercícios de baixo impacto, como nadar, são ótimas opções para manter a saúde física e mental do cachorro idoso. Contudo, consultar um veterinário antes de definir a rotina de exercícios é importante para evitar sobrecarga.
3. Cachorros idosos não se adaptam a mudanças
Mito. Embora o processo de adaptação possa ser mais lento do que em um cão jovem, os cachorros idosos são perfeitamente capazes de aceitar mudanças, como alterações no lar ou a chegada de um novo pet, desde que sejam introduzidas gradualmente e com paciência. A chave para uma adaptação tranquila está em manter uma rotina previsível, oferecer conforto e proporcionar tempo para que o animal se acostume ao novo ambiente ou à nova companhia.
4. Cachorros idosos não precisam de cuidados dentários
Mito. A falta de cuidados com a saúde bucal do cachorro idoso pode resultar em doenças periodontais, mau hálito, infecções e até problemas mais graves, como doenças cardíacas e renais, que podem surgir devido ao acúmulo de bactérias na boca. A escovação regular dos dentes e consultas frequentes ao veterinário para limpezas profissionais ajudam a evitar complicações e garantem uma melhor qualidade de vida ao cão na terceira idade.

5. Cachorros idosos podem comer qualquer ração
Mito. Os cães idosos possuem necessidades nutricionais diferentes das de um cachorro jovem ou adulto. Com o avanço da idade, o metabolismo fica mais lento e o animal pode precisar de uma dieta com menor teor calórico para evitar a obesidade. Além disso, rações e dietas específicas podem conter ingredientes que auxiliam na saúde articular, digestiva e até na manutenção da função cognitiva. Por isso, é fundamental consultar um veterinário para escolher a melhor dieta para cada caso.
6. Cachorros idosos se tornam naturalmente agressivos
Mito. O comportamento de um cachorro pode mudar com o passar dos anos, mas a agressividade não é uma consequência natural do envelhecimento. Caso o animal apresente sinais de irritação ou agressividade, isso pode indicar dor, desconforto, problemas sensoriais (como perda de visão ou audição) ou até mesmo distúrbios neurológicos. Se o cão idoso começar a agir de maneira agressiva, é importante investigar as causas com um veterinário e buscar soluções que garantam o conforto e o bem-estar do animal.
7. Cachorros idosos perdem o interesse por brincadeiras
Mito. Os cães podem ficar menos ativos com o passar dos anos, mas isso não significa que perdem o interesse por brincar. Muitos cachorros idosos ainda gostam de interagir com seus tutores e se divertem com brinquedos e atividades adequadas para sua idade. Jogos de estímulo mental, brinquedos interativos e brincadeiras mais leves ajudam a manter o pet feliz, além de contribuírem para a saúde cognitiva e emocional.