O transporte de animais em aviões vem se tornando cada vez mais comum desde que as companhias facilitaram o acesso dos pets às aeronaves. Tutores preferem levar seus mascotes para onde quiserem em vez de deixá-los em hospedagens ou sob os cuidados de outras pessoas.
Embora uma viagem de carro seja mais fácil de ser manejada, a distância pode fazer do trajeto um momento tenso. Mas não pense que o transporte aéreo não tem os seus percalços, também exige planejamento e paciência. É preciso se preparar com meses de antecedência e os tutores devem estar atentos ao prazo de emissão de documentos e aplicação de vacinas, além da adaptação do pet, para que não se torne uma experiência traumática para o animal.
Qual é o custo-benefício de uma viagem de avião com o pet?
Antes de partir, avalie se as horas de movimentação às quais seu pet será exposto compensam o número de dias fora do seu local de origem. E pense três vezes melhor se seu pet for idoso. Nesta fase da vida do mascote, a ansiedade exige mais do coração e do aparelho respiratório do seu bichinho, que não está mais em pleno vigor. Além disso, lembre-se de que seu pet não terá acesso nem mesmo a água durante o trajeto aéreo.
O que você precisa saber antes de emitir o bilhete aéreo:
- O estresse de uma viagem aérea é por si só motivo de preocupação. Ruídos, pessoas estanhas e movimentações podem alterar completamente a orientação do seu pet. Por conta disso, pode ser que alguns animais tenham de receber medicações para a ansiedade. Isso também passa a ser fator preocupante porque reduz a pressão arterial do animal. Converse com o veterinário sobre a saúde geral do seu mascote;
- Dê sempre preferência à viagem na cabine. Contudo, o número de animais por voo e o peso total (pet mais caixa) varia de uma companhia para a outra (de sete a 10 quilos) ;
- Verifique junto à companhia aérea quais são as exigências quanto ao peso e dimensões da caixa de transporte;
- Para o pet embarcar no avião, é necessário emitir um atestado de saúde recente e específico para cada viagem;
- Algumas vacinas exigidas devem ser aplicadas com semanas de antecedência, lembrando que cada país tem regras diferentes quanto à vacinação e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento deve ser consultado para emissão de passaporte animal;
- Cada companhia tem suas regras que podem ser restritivas quanto à idade e ao porte do seu mascote. Enquanto algumas aceitam pets com dois meses de idade, outras exigem que o mascote tenha pelo menos quatro meses de vida. Algumas companhias não transportam animais com mais de 30 quilos.
Como deve ser a caixa de transporte?
Nada de caixa pequena, o kennel deve permitir ao seu pet dar uma volta lá dentro. Quanto mais ranhuras tiver a caixa, melhor. Mas isso não pode comprometer sua resistência. Cuidado para que não seja larga demais a ponto de permitir a passagem de uma pata. A trava de ser bastante resistente.
Antes da viagem:
- Acostume o pet a ficar na caixa pelo menos duas semanas antes da viagem. O ideal é fazer dessa caixinha a cama do seu mascote neste período. Deixe a porta aberta e faça com que ele durma nela. Pode ser extremamente assustador conhecer a caixa no dia do transporte, e seu pet pode surtar dentro dela;
- Tranque-o por 10 minutos, três vezes ao dia;
- Deixe uma roupa sua ou do seu mascote durante o período de adaptação dele à caixa;
- Se você quiser que seu pet o acompanhe nos deslocamentos aéreos nas férias de verão, tente começar com viagens curtas, algo como Porto Alegre-Florianópolis, por exemplo;
- Ao chegar ao local de destino, tire seu pet da caixa assim que tiver acesso a ele. Ofereça água e permita que ele caminhe;
- O mascote pode estar sujo de vômito e urina. Não o recoloque na caixa suja porque ele vai enjoar. Tente limpar o espaço e substitua o cobertor sujo por outro que deve estar previamente em sua bagagem de mão.
No dia da viagem:
- Dê alimentos leves duas horas antes do horário de embarque, nada de empanturrar seu pet;
- Se seu mascote aceitar um pouco de água antes da viagem, permita que ele beba;
- Caminhe com o pet pelo aeroporto e o encha de atenção;
- Evite estar tenso e mantenha a tranquilidade, seu pet respira sua ansiedade.
Daisy Vivian é diplomada pela UFRGS em Medicina Veterinária e Jornalismo. É autora dos livros "Cães e Gatos Sabem Ajudar Seus Donos" e "Olhe-me nos Olhos e Saiba Quem Você É", histórias reais sobre pessoas e seus animais de estimação. Escreve semanalmente em revistadonna.com.