Está com as malas no carro para aproveitar o verão na praia? Então, lembre-se: há pequenos cuidados com seu pet que vão facilitar a vida de vocês dois no Litoral. Poderíamos citar uma longa lista de práticas importantes para evitar riscos, mas, para quem está com pouco tempo e grana curta, o foco deve ser as doenças parasitárias e os pelos.
Parasitas de verão
Para quem leva seu pet para passear na praça, pulgas e carrapatos já não são novidade. Esses parasitas precisam ser combatidos com seriedade. Basta uma pulguinha ser levada para a casa da praia e pronto: seu jardim será o novo meio de reprodução dela. O mesmo vale para carrapatos que ficam grudados na pele do seu animal rumo ao Litoral.
Fazer uso de um produto de qualidade que dificulte a vida dos ectoparasitas é um excelente e necessário investimento. Dê preferência aos de longa duração, como os tipos que se aplicam diretamente sobre a pele do animal. Outra opção são os comprimidos mastigáveis. O ideal é fazer uso desses produtos um mês antes de sair da cidade, mas, mesmo que faltem poucos dias para as férias de verão, vale a pena investir na aplicação para garantir algum grau de proteção ao pet.
Falando em vermes, esteja atento também às verminoses intestinais. Solicite ajuda ao veterinário para verificar como anda a integridade intestinal do seu mascote. Um exame de fezes simples e barato também atesta a necessidade de vermífugo específico para uma espécie de parasitas intestinais.
Outro parasita que não é muito comum, mas que deve ser evitado, é a dirofilária. É um verme que se instala no coração do seu cachorro, sendo transmitido por um mosquito. Como? Por meio dos vasos sanguíneos, a saliva do mosquito infectado com a larva do parasita chega até o órgão. O verme, uma vez adulto, pode atingir até 20 centímetros de comprimento e gerar distúrbios cardíacos.
Se você vai procurar auxílio veterinário para colocar a saúde do seu pet em dia, pergunte sobre outros parasitas que podem estar presentes no campo ou no Litoral de outros Estados. Vai a Santa Catarina? Preste atenção: informe-se sobre a situação de outro parasita que tem dado muito o que falar na região, a Leishmaniose Canina, uma doença séria que exige um tratamento mais complexo.
Cuidados com o pelo
Outro ponto que merece observação é a altura do pelo de seu mascote. Lembre-se de que ele vai passar calor, e isso pode ser fatal para seu cão, ainda mais se for idoso. Cães de pelo longo só podem ser levados para passear na calçada em horários de sol ameno. Em casa, obrigatoriamente deve ter sombra fresca e água à disposição. Contudo, verão e pelo comprido não combinam, e o melhor a fazer é baixar o pelo do seu pet.
Atenção aos pelegos brancos! Quem tem mascote com pele cor-de-rosa não deve baixar demais o pelo a ponto de deixar muito exposta a pele do seu mascote. Isso favorece o risco de queimaduras.
O pelo ao redor dos olhos precisa ser minimizado. Para animais que têm uma cortina na frente deles, pode-se optar por um visual mais "falhado" nessa época do ano. Lembre-se de que os olhos são estruturas delicadas que precisam de ventilação.
Por outro lado, o pelo ao redor do ânus do animal deve ser obrigatoriamente removido, mesmo nos adeptos do pelo comprido. Pelo alto facilita que fezes fiquem coladas na região.
Por fim, é interessante manter o pelo das patinhas aparado. Eles podem ser os responsáveis por quedas e escorregões nos pisos molhados. O pelo das patinhas também acaba recolhendo muitos pega-pegas durante o passeio do seu pet, o que acarreta trabalho dobrado para deixá-lo novamente com as patas limpinhas.
Daisy Vivian é diplomada pela UFRGS em Medicina Veterinária e Jornalismo. É autora dos livros "Cães e Gatos Sabem Ajudar Seus Donos" e "Olhe-me nos Olhos e Saiba Quem Você É", histórias reais sobre pessoas e seus animais de estimação. Escreve semanalmente em revistadonna.com.