Festa de final de ano e animais de estimação é uma situação que não combina – e já falamos isso há muito tempo. Convidados pouco acostumados com a casa, cheiros e odores diferentes, bebida alcoólica e gente falando alto.
Saiba que não é raro seu pet tomar um "chá de sumiço" durante as celebrações. E com ou sem coronavírus para diminuir o número de pessoas na casa, os problemas maiores seguem sendo distração e eles, os fogos e rojões.
O agito e a animação até altas horas da noite já é um motivo para importunar o sossego do seu animal de estimação. Se eles estavam acostumados a assistir a um filme na televisão junto com você em cima do sofá, agora têm que dividir com outras pessoas. Por conta disso, a casa não é mais dele, e isso já estressa seu pet.
Amigos desavisados
Não adianta gritar da sala para sua prima fechar o portão. Se você tem pet solto em casa, das duas, uma: ou você o deixa em um local seguro e fechado, ou pessoalmente verifica se o portão foi fechado depois da chegada de convidados.
Quartinho escuro e pequeno
Não é maldade. Existem tutores que preferem deixar seus pets mais tranquilos em cômodos mais fechados e escuros. Assim, garantem menos contato com o agito exterior e mais sossego para seu pet. O problema vai ser na hora dos fogos. Pet sensível aos fogos de artifício e local escuro e pequeno não combinam. Se atrelado a uma coleira, as consequências podem ser piores.
Casa de amigos
Se na sua casa já existem situações que você deve prestar mais atenção para proteger seu pet na noite de Réveillon, imagine na casa de seus amigos. Tenha uma boa conversa com os anfitriões e verifique onde vai ficar seu pet durante as festividades. Certifique-se de que é um local seguro e sem muito entra e sai de pessoas. Além disso, veja com frequência como está seu mascote nesse ambiente novo.
Outros animais
Cuidado com o amigo que vai levar seu gato ou cachorro. As animosidades podem existir e vocês só perceberão quando um estiver com a pata na boca do outro.
O que fazer na hora dos fogos de artifício?
1) Rojões e fogos já começam a dar o seu alô muitas horas antes da meia-noite. Por conta disso, esteja atento ao comportamento do seu pet com os primeiros rojões. Isso vai determinar o passo seguinte.
2) Se ele escolher um ambiente da casa, seja debaixo da cama ou dentro do banheiro, deixe-o à vontade. Certifique-se, contudo, de que ele não vai se ferir batendo com a cabeça no móvel ou algo do tipo.
3) Tenha muito cuidado com janelas e portas de vidro. No pânico, seu pet de grande porte pode atravessá-las.
4) Portões de ferro com pontas voltadas para cima também merecem atenção. Da mesma forma, grades nem tão estreitas podem ser um convite à fuga de um cão em pânico com o barulho dos fogos.
5) Antes da função toda, certifique-se de que as janelas estão fechadas. Isso pode ajudar a abafar o som.
6) Extremo cuidado com as piscinas. Nunca deixe um pet sensível aos fogos solto em um pátio que tem piscina.
7) Deixe seu pet saber que você está na casa.
8) Mimá-lo não é uma alternativa saudável. A longo prazo, cachorros com medo de fogos de artifício podem se tornar extremamente dependentes de colo.
9) Não se intimide se for melhor para todos que você fique ao lado do seu pet acalmando-o.
10) Se você sabe que seu pet é sensível, converse com o veterinário sobre uma possível sedação na noite de Réveillon.
11) Pense como um cachorro. Pés de mesa e de cadeiras, portas vai-e-vem, mesinhas de apoio. Pense se algum móvel pode ser atropelado no meio do barulho dos fogos de artifício.
Se você vai sair de casa…
1) Se você precisa sair de casa e vai deixar seu pet sozinho, certifique-se de que o refúgio eleito por seu cão está desobstruído. Isso reduz as chances de acidentes.
2) Faça uma boa análise dos riscos de ferimentos e fuga. Saiba que alguns cães já se tranquilizam apenas pelo fato de estarem escondidos. Mas não o deixe em ambientes que possa derrubar objetos sobre si mesmo, como armários e escadas.
3) Às vezes outra fonte sonora, como um rádio ou uma televisão, pode trazer conforto para o animal solitário.
4) Se estiver sozinho, jamais o deixe no escuro total.
5) Se for cão de pátio, atenção redobrada para piscinas e sobretudo na hora de chegar em casa na madrugada do dia primeiro. Pense que seu mascote pode estar solto e fugir quando você abrir o portão. Ou pior: pode ser atropelado.
6) Pondere se não vale a pena seu cão passar a noite em um hotel-azenda. Se for hotel na cidade, saiba dos donos do estabelecimento qual o procedimento adotado nas noites de celebração coletiva.
7) Se vai deixar na casa da sogra, da vizinha ou de um amigo, converse sobre o que pode ser feito na hora do pânico, e dê uma boa olhada no local para verificar se é realmente a melhor opção deixar seu pet lá. Se a pessoa tiver outros animais, seu mascote pode ferir ou sair ferido.
8) Por fim, cabe salientar que o treinamento de dessensibilização consiste em fazer com que seu cão perca o medo do barulho que fere seus ouvidos, o que não quer dizer que ele não ficará incomodado. Mas se você já sabe que seu mascote é daqueles que se debate, uiva e cava o chão quando exposto a ruídos, mais uma razão para conversar com o veterinário sobre o uso de sedativos .