No começo pode até ter sido divertido, mas, depois de 30 dias, haja imaginação para diminuir o tédio dos mascotes no distanciamento social. Da noite para o dia os animais passaram a ficar o tempo todo com seus tutores em casa.
Para muitos, não chega a ser um problema. Isso porque tem pet que, se pudesse, ficava o dia inteiro no colo do seu amado dono. A questão é que muitos animais podem estar um tanto aborrecidos por ter roubada parte da rotina que eles gostavam, e isso pode até mesmo incluir o silêncio da casa. Cabe a você, profundo conhecer da personalidade do seu pet, identificar se ele está sentindo falta de alguma novidade.
Para ajudar a acabar com o tédio do mascote, veja abaixo algumas dicas que podem cair no agrado do animal. Talvez isso não substitua o silêncio que imperava até poucos dias atrás, ou mesmo as desejadas caminhadas matinais, mas o jeito é inventar e tentar colocar em prática.
Exercícios para o cérebro
Parece piada, mas não é. Seu pet pode gostar de se entreter com um desafio mental. Ponha em dia aqueles comandos que estavam esquecidos desde a infância do seu cachorro. Pegue o petisco e busque na internet como estimular o cérebro deles a fixar os comandos: "senta", "deita", " não". Isso garante uns 20 minutos de exercícios ao dia.
Corrida de obstáculos
Cães jovens se dão melhor com essa modalidade se comparados aos animais mais velhos. Coloque cobertores sobre almofadas no corredor, corra envolta do sofá, role sobre a cama. Enfim, motive seu pet a exercitar as perninhas.
Brinquedos feitos em casa
Aquela caixa de sapatos sem serventia pode servir como um precioso baú do tesouro. Feche com fita crepe, nada muito forte, e coloque um petisco ou o brinquedo preferido do seu pet dentro dela. Garrafas pet, em função da transparência, também são bem-vindas. Faça-o usar o cérebro (e as patas) para quebrar o obstáculo e pegar seu prêmio. Gatos se mostram particularmente animados com isso.
Pega-pega
Essa é clássica. O problema é dor nas suas costas, mas, via de regra, cães e gatos amam brincar de pega-pega com seus tutores. Se misturando nessa brincadeira o esconde-esconde, seu pet vai ficar cansado e de língua de fora por muitos minutos.
Sobe-desce
Você e seu mascote já aumentaram 5% do seu peso? Mãos à obra enquanto as academias não abrem. Experimente subir escadas como "quem chega primeiro".
Lamber dedinhos
Essa é antiga e traz alegria a muitos tutores e mascotes. A sessão lambe-lambe quase sempre é espontânea. Basta tirar as meias, sentar no sofá e lá vem o mascote lamber seu suor. Se é do agrado de vocês essa interação, procure estimulá-la mais vezes ao dia.
Esconde-esconde de comida
Chacoalhe nas mãos a comida ou o brinquedo favorito deles, feche a porta e esconda. Agora, peça para encontrar. Esse aprendizado pode demorar alguns dias para ser compreendido. Talvez seja interessante você ficar procurando junto e fazer trejeitos como "cadê" e partir para a busca. Encontre o petisco e coma primeiro. Isso pode ajudar a fazer com que ele compreenda o jogo. Mas não vá fazer isso com animal que já está com sobrepeso! A maior queixa dos tutores para esse período tem sido justamente os quilos a mais de seus mascotes.
Massagem trituradora
A brincadeira consiste em esfregar seu pé sobre as costas ou barriga do pet — que, a essa altura, já está com as patas para cima esperando a brincadeira. Pegá-los com as mãos e esfregá-los de costas sobre uma superfície lisa, algo como o piso da cozinha, pode causar momentos de divertimento para seu mascote.
Sair da armadilha debaixo das cobertas
Preste atenção se essa brincadeira é do agrado do seu mascote. Tem animal que enlouquece de alegria tentando se livrar de lençóis e cobertores colocados sobre eles. Outros, contudo, se sentem ameaçados e até sufocados com isso. Colocar seus braços e pernas sobre seu mascote e esperar que ele saia de seu afago, sem facilitar a saída dele, é outra maneira de interagir e fazer com que ele exercite seus músculos.
Existem dezenas de outras brincadeiras que você mesmo já deve ter percebido que são a alegria do seu mascote. E se a brincadeira fizer com que seu animal se exercite, melhor ainda.
Tenha em mente se o peso e a idade do seu animal é compatível com a brincadeira. Animais grandes, com mais de seis anos, e pequenos, com mais de nove, podem estar se mostrar particularmente mais cansados e preguiçosos, quando então a interação com os tutores deve se basear no contato, afagos e brincadeiras que exijam pouco esforço físico.
Daisy Vivian é diplomada pela UFRGS em Medicina Veterinária e Jornalismo. É autora dos livros "Cães e Gatos Sabem Ajudar Seus Donos" e "Olhe-me nos Olhos e Saiba Quem Você É - histórias reais sobre pessoas e seus animais de estimação". Escreve semanalmente em revistadonna.com.