
Correção: a matéria foi atualizada com contribuições do Conselho Regional de Medicina Veterinária.
Você está na praia ou no meio de um acampamento quando escuta seu pet dando aquele grito. E agora? O que fazer?
Pois saiba que na hora do aperto, alguns materiais de primeiros socorros fazem uma falta danada até você conseguir atendimento veterinário. Cabe lembrar que, no meio do mato, você não vai conseguir comprar solução fisiológica, um bom produto para lavar ferimento do cachorro e reduzir as chances de contaminação.
Segue abaixo a lista do que pode ser útil na hora do aperto. É pouca coisa e cabe em qualquer maletinha:
- Seringa de plástico com agulha;
- Esparadrapo de 2 cm;
- 3 rolinhos de bandagens de 7 a 10 centímetros de largura (gato/cão pequeno e grande, respectivamente);
- 5 pacotes de gaze de 7 centímetros;
- Água oxigenada;
- Tesoura pequena sem ponta;
- 1 frasco de soro de plástico 250 ou 500 ml;
- Luvas de procedimento.
Alguns desses itens já devem fazer parte de sua "farmacinha" de casa, não é? Com esse kit, você tem condições de lavar ferimentos leves, diminuir o tamanho do pelo (quando houver ferimento), cortar ataduras e cobrir a área afetada, se for o caso.
O soro fisiológico, além de limpar a área injuriada, pode ser furado com uma agulha, e assim você faz pressão no frasco para lavar de forma adequada até mesmo um olho irritado, o que contribui para reduzir o coça-coça que só vai piorar a situação e danificar os tecidos adjacentes.
Da mesma forma, as perfurações, aquelas que costumam acontecer nas pescarias, poderiam receber uma boa lavada com água oxigenada, o que reduz as chances de desenvolver tétano. Os procedimentos são simples e você ganha tempo na luta contra os micro organismos patogênicos, o que também contribui para a recuperação do seu pet.
Nunca descarte medicamento veterinário prescrito pelo profissional e que esteja dentro do prazo de validade. Se você está distante algumas horas da civilização, é possível receber orientação por telefone até ter tempo para procurar a ajuda adequada. E acredite: um ferimento lavado e protegido é meio caminho andado para a recuperação do tecido lesionado.
Daisy Vivian é diplomada pela UFRGS em Medicina Veterinária e Jornalismo. É autora dos livros "Cães e Gatos Sabem Ajudar Seus Donos" e "Olhe-me nos Olhos e Saiba Quem Você É", histórias reais sobre pessoas e seus animais de estimação. Escreve semanalmente em revistadonna.com