
O estilista Virgil Abloh acabou envolvido em uma polêmica nas redes sociais no início da semana. O atual diretor artístico de moda masculina da Louis Vuitton e fundador da marca de streetwear Off-White pediu desculpas depois de ser criticado por um comentário sobre os protestos contra o racismo e a violência policial nos Estados Unidos após a morte de George Floyd.
A polêmica começou depois que o designer postou um comentário na conta do Instagram de Sean Wotherspoon, com imagens da loja de tênis vintage Round Two saqueada, em Los Angeles. Abloh, o estilista negro de maior destaque na moda, escreveu: "Isso me dá nojo".
"Virgil está mais chateado com as pessoas saqueando a loja do que com a brutalidade policial", escreveu um usuário do Twitter. Outros compararam sua reação com os de designers cujas próprias lojas foram danificadas, como Marc Jacobs, que escreveu: "A propriedade pode ser substituída, a vida humana não pode".
Abloh também foi criticado por supostamente ter doado US$ 50 a uma organização que ajuda nas despesas legais dos manifestantes que foram detidos.
Na segunda-feira (1), ele publicou um longo texto em que falou de sua experiência como homem negro e reafirmou sua solidariedade com os protestos:
"Ontem falei sobre como minhas lojas e de amigos foram saqueadas. Peço desculpas por parecer que minha preocupação por essas lojas supera minha preocupação com nosso direito de protestar contra a injustiça e expressar nossa raiva e indignação neste momento", afirmou ele.
"Também entrei para uma rede de amigos de mídias sociais que correspondiam a doações de US$ 50. Peço desculpas por parecer que essa foi minha única doação a essas causas importantes", acrescentou. "Como muitos disseram, os edifícios são de tijolo e argamassa e as coisas materiais podem ser substituídas, as pessoas não. Vidas negras são importantes. Neste momento, essas outras coisas não são", concluiu.