A princesa Mako, do Japão, deixou oficialmente de pertencer à família imperial japonesa após se casar, nesta terça-feira (26), com um plebeu — o advogado Kei Komuro, de quem estava noiva havia quatro anos. Na monarquia nipônica, as mulheres não podem ascender ao Trono de Crisântemo e perdem o título quando casam com um plebeu.
Assim, Mako abriu mão de seu lugar na realeza e renunciou a uma importante quantia oferecida habitualmente às mulheres da família imperial por ocasião do casamento. Ao redor do mundo, outros integrantes de monarquias também se casaram com plebeus e plebeias. GZH reuniu alguns dos casos mais famosos.
Japão
Apesar de plebeus como Kei Komuro ainda não serem aceitos em casamentos da família imperial japonesa, plebeias são vistas com melhores olhos na monarquia nipônica. Em 1959, o então príncipe Akihito contrariou as normas monárquicas e se casou com a plebeia Michiko Shõda.
Anos depois, quando Akihito já era imperador, o filho mais velho dele, Naruhito, também oficializou a união com uma não nobre. Em 1993, ele se casou com Masako Owada, que em 2019 assumiu o título de imperatriz quando Naruhito subiu ao trono no lugar do pai.
Reino Unido
Não são raros os casos de uniões fora da realeza na família real britânica, que costuma aceitar bem plebeus e plebeias. Os mais conhecidos e recentes são os casamentos dos netos de Elizabeth II, William e Harry.
William, terceiro na linha de sucessão do trono, se casou em 2011 com Kate Middleton, uma das figuras mais populares da monarquia britânica. Os dois tiveram três filhos: George, Charlotte e Louis.
Já Harry se casou com a atriz Meghan Markle em 2018, em uma cerimônia que trouxe ares de modernidade à tradição da monarquia britânica. Com uma relação conflituosa, o casal deixou as funções na família real no ano passado e mudou-se para os Estados Unidos. Eles são pais de Archie e Lilibet Diana.
Espanha
Atual rei da Espanha, Felipe VI casou-se com a plebeia Letizia Ortiz Rocasolano em 2004, dez anos antes de ser coroado. Antes de assumir funções de rainha, Letizia, que é jornalista, apresentava um telejornal no país.
Conforme os tabloides espanhóis, a relação de Letizia com o restante da família real espanhola não é das melhores, sobretudo no que diz respeito à rainha emérita Sofia.
Suécia
A sucessão de casamentos de monarcas com plebeus, que já virou quase uma tradição na Suécia, ganhou força com o rei Carl XVI Gustaf, que na década de 1970 se casou com a plebeia Silvia Renate Sommerlath. Eles se conheceram durante as Olimpíadas de 1972 na Alemanha, onde Silvia trabalhava como intérprete.
Anos depois, os três filhos do casal também celebraram uniões fora da nobreza. O primeiro caso, e talvez o mais famoso, é o da princesa Victoria, que em 2010 casou com seu então personal trainer Daniel Westlin — que deixou a educação física para adotar os títulos de príncipe e duque de Västergötland.
Três anos depois, a princesa Madeleine seguiu os passos da irmã e casou-se com o economista britânico Christopher O'Neill, que trabalhava em Wall Street. Em 2015, foi a vez do príncipe Carl Philip se casar com a modelo Sofia Kristina Hellqvist, conhecida por participar de reality shows.
Mônaco
A família real de Mônaco também tem uma vasta tradição de casamentos entre monarcas e plebeus. É de lá um dos casos mais famosos: o da atriz americana Grace Kelly, que em 1956 se casou com o príncipe Rainier III. Os três filhos do casal seguiram os passos dos pais.
A filha mais velha de Rainier e Grace Kelly, Caroline, teve três casamentos, dois deles com plebeus. Atualmente casada com o príncipe Ernst August de Hanover, ela primeiro celebrou uniões com o banqueiro francês Phillipe Junor, de quem se separou, e o industrial italiano Stefano Casiraghi, que acabou por falecer.
O filho do meio, Albert, atual príncipe de Mônaco, casou-se em 2011 com a ex-nadadora olímpica sul-africana Charlene Wittstock, com quem se relacionava havia dez anos. Conforme os tabloides, Charlene não tem uma boa relação com a cunhada Caroline.
A mais nova, Stéphanie, também acumula relacionamentos fora da realeza. Primeiro, casou-se com seu guarda-costas Daniel Ducruet, com quem teve dois filhos, e depois se separou. Depois, Stéphanie teve uma filha, mas não revelou publicamente a paternidade. Ela também viveu junto com um domador de elefantes, mas não se casou, e posteriormente oficializou a união com o acrobata português Adans Lopes Perez, de quem se divorciou tempos depois.