
A ex-atriz e duquesa de Sussex Meghan Markle está, desde o ano passado, em um embate judicial contra a Associated Newspaper, empresa editora do jornal Daily Mail e do dominical Mail On Sunday, por ter publicado trechos de uma carta que ela enviou ao pai, Thomas Markle, em agosto de 2018.
Como parte de sua defesa, o jornal argumenta que publicou a carta depois que cinco amigas de Meghan deram entrevistas anônimas à revista norte-americana People. Nesta quarta-feira (5), Meghan venceu uma ação que visa manter em sigilo o nome destas amigas.
Durante uma audiência pré-julgamento na semana passada, a Associated Newspapers argumentou que, como a carta foi mencionada pela primeira vez na reportagem da revista People, as amigas poderiam ser chamadas como testemunhas e, portanto, nomeadas.
“A Associated Newspapers, proprietária do Daily Mail e do The Mail on Sunday, ameaça publicar os nomes de cinco mulheres – cinco cidadãs particulares – que decidiram por conta própria falar anonimamente com um meio de comunicação norte-americano há mais de um ano para me defender do comportamento de bullying da mídia britânica”, escreveu a ex-atriz no início do pedido, no qual reforçou que não autorizou as amigas a falarem com a publicação.
Na documentação, Meghan ressalta que as amigas possuem o direito básico à privacidade e que tirar o sigilo dos nomes mantidos em segredo de Justiça representa uma ameaça ao bem-estar de todas as envolvidas.
A audiência, realizada nesta quarta-feira (5) em Londres, não contou com a presença de Meghan, mas sim de seu advogado, David Sherborne - profissional que já trabalhou para a princesa Diana, mãe de príncipe Harry. Na lista de clientes de Sherborne, estão também nomes como Paul McCartney, Elton John e Kate Moss.
O juiz Mark Warby proferiu uma sentença provisória sobre o pedido da duquesa:
“Conclui que, por enquanto,o Tribunal deve conceder ao demandante as ordens que ela procura, cujo efeito será conferir proteção às identidades das fontes”, anotou o magistrado.
Meghan e Harry, que surpreenderam a monarquia britânica no início do ano ao anunciar que estavam renunciando a seus deveres reais, entraram com o processo em outubro de 2019. À época, o príncipe Harry, comparou a perseguição que a imprensa fazia com sua mãe à postura que alguns jornais têm hoje com a esposa.