O treinamento intervalado de alta intensidade, mais conhecido pela sigla HIIT, é uma opção para quem busca otimizar os resultados físicos em um espaço mais curto de tempo — já que o gasto calórico nesta modalidade é maior do que o resultado de um exercício com intensidade convencional.
A prática consiste em picos de esforços que podem ser intercalados com repouso tradicional ou repouso ativo, que dependerá do nível de condicionamento do aluno/atleta. Por exemplo: correr, saltar ou pedalar por um minuto em alta intensidade e caminhar durante o minuto seguinte.
As séries do HIIT podem ser planejadas com atividades diversas e em tempos menores, como a partir de um estímulo intenso por 30 segundos e 30 segundos de recuperação. Geralmente, cada ciclo de exercício e repouso compõem uma sessão de cerca de meia hora.
Condição física
Conforme o professor de Educação Física Aderson Loureiro, da Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), é importante salientar que o HIIT precisa de um planejamento e de uma planificação do treinamento direcionada ao condicionamento do praticante, realizados por um educador físico.
— A atenção, a garantia de sucesso e a segurança dependerá do respeito ao condicionamento do aluno. É possível começar com o HIIT depois de muito tempo parado se você contar com um acompanhamento que indique as progressões de intensidade indicadas para o seu caso. O aluno pode ter sucesso em termos de gastos calóricos, mas também pode sofrer alguma lesão ortopédica por não realizar a adaptação correta, não respeitando os limites fisiológicos e neuromusculares do treinamento — frisa o profissional.
Pessoas com distúrbios orgânicos tais como hipertensão arterial, com lesões articulares (osteoartrose) ou nos ligamentos devem ter cuidado na hora de praticar o exercício. Loureiro ressalta ainda a importância de todos os praticantes realizarem uma avaliação física antes de fazer qualquer atividade, principalmente as de alta intensidade.
No caso do HIIT, apesar dos treinos serem mais curtos, o especialista sugere não pegar pesado todos os dias. A indicação é de, em média, três treinos por semana, para possibilitar a recuperação dos tecidos e progredir conforme a orientação do educador físico.