Síntese mimética da malha urbana das grandes cidades, rígida e ortogonal, escritório de arquitetura em Cachoeirinha tem como ponto de partida a sustentabilidade. Idealizado a partir da reutilização de três contêineres marítimos revestidos de lã feita de garrafa pet e polietileno extrudado de alta densidade (para garantir isolamento térmico), o ambiente profissional de 138 metros quadrados recebeu pintura de tinta automotiva à base de água para reforçar o conceito ecologicamente correto.
Assinado pelo designer Caco Conte, pela decoradora Alessandra Silveira e pelo construtor João Hassan - com participação do engenheiro civil Jonas Schereider -, o projeto teve o cuidado de gerar o menor impacto possível à cadeia produtiva:
- As obras levaram cerca de seis meses para serem concluídas. Nesse período, o índice de desperdício foi muito pequeno. A começar pela nossa matéria-prima, pois esses contêineres precisam ser descartados depois de um tempo de uso e nós os reaproveitamos. Além disso, usamos também madeira de florestamento - detalha Conte.
Cada uma das caixas de ferro tem 25 metros quadrados, sendo duas no andar inferior e uma no superior. Entre as peças que compõem o primeiro piso foi feito um lounge fechado por uma cobertura metálica.
A integração do espaço interno com o externo se dá pela utilização de grandes portas de vidro. Na parte de dentro, todos os ambientes são abertos, apesar de cada reduto ter a sua função própria: no térreo, ficam o estúdio de arquitetura e a sala da construtora e, no segundo piso, a área da decoradora.
No projeto de interiores, a sofisticação soma-se à preocupação ecológica. A iluminação feita com lâmpadas de LED destaca materiais requintados como veludo e tapetes egípcios.
Conceito urbano
Escritório é idealizado a partir de contêineres marítimos
Ambiente profissional de 138 metros quadrados recebeu pintura de tinta automotiva à base de água
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