Para a folha: o verde
Para o céu: azul
Para a rosa: rosa
Para o mar: azul
(Trecho da música Rai das Cores, de Caetano Veloso, gravada por Ana Carolina)
Inspirada no "ouro" de Paraty - suas cerca de 500 casas tombadas - a pintura de 43 edificações na cidade histórica fluminense na semana passada exibe uma paleta com vermelho, verde, azul e ocre/amarelo para ressaltar o contorno de casas alvas com referências de 480 anos de história. Na cidade onde a serra encontra o mar, a AkzoNobel planta mais um projeto Tudo de Cor para Você com a revitalização da pintura de edificações selecionadas.
Desta vez, os tons das tintas Coral escolhidos têm o aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e se combinam ao conjunto arquitetônico que parece não ter fim, pelo projeto urbanístico da área em forma de leque. Essas cores da cartela das tendências de 2012 fazem parte também do projeto Clique & Decore, ao alcance dos visitantes da Mostra Casa&Cia Praia. No ambiente do showroom da Báril, computadores permitem simular a troca de tonalidades de espaços internos e fachadas das casas do Condomínio Marítimo até o dia 26, junto à Lagoa da Custódia.
Tudo de Cor para Paraty, cidade litorânea de 38 mil habitantes, emprega 5,2 mil litros de tintas em construções no setor histórico, em uma escola e na Ilha das Cobras, nesta área com um diferencial em relação aos projetos anteriores: a reforma e a pintura totais de parte das 33 residências de moradores dessa comunidade.
- É um projeto socioambiental - destaca Jaap Kuiper, presidente da AkzoNobel Tintas Decorativas para a América Latina.
Ana Carolina transita pelas cores virtualmente pelas letras das músicas do último CD, Ensaio de Cores, e pelos quadros pintados em uma incursão pelas artes plásticas que a qualificou como madrinha desta etapa do projeto, em Paraty. A ação já coloriu a Rua João Alfredo, em Porto Alegre, e estará em João Pessoa, na Paraíba, em maio.
Veneza brasileira
Toda vez que a maré sobe, a cidade acolhe o mar e as ruas com calçamento irregular viram um espelho dágua, como na residência (foto maior) transformada no meio da tarde em um grande banco com âncora fixa na mesma esquina. O casarão integra o acervo arquitetônico pintado previamente para receber o verão, com o colorido intensificado pela ação que atualizou o acabamento de fachadas no rés da rua em pontos como a Rua Dr. Samuel da Costa (foto menor, com a pintura em processo).
Na área histórica de Paraty se aprende o significado de meio-fio: pedras retangulares com superfície mais lisa dispostas no centro da rua. É o lugar mais confortável para caminhar e parte mais baixa da obra de calçamento iniciada por volta de 1690. Tudo combina com as telhas moldadas nas coxas das escravas e os gradis nas construções históricas mais recentes, do século 19, junto aos marcos e platibandas em tons vibrantes. Hoje, uma casa de 234 metros quadrados no centro histórico está à venda por R$ 1,1 milhão pela arquitetura preservada, o ouro da cidade, que tem um príncipe como o morador mais famoso da orla: João de Orleans e Bragança.
*Eleone Prestes viajou a convite da AkzoNobel/Coral