Escondido numa rua bucólica e arborizada, encontramos uma espetaria com um nome interessante fazendo alusão a duas interjeições características do Pará, o égua, e ao Rio Grande do Sul, o tchê.
Cheguei cedo e peguei o lugar vazio.
Mas escolhi uma mesa fora. Pois essas árvores estavam me convidando a acompanhar o movimento na rua. Parece até que estamos numa cidade do interior do Pará e não na capital. Um suco de acerola para começar os trabalhos.
Sempre piro muito nestas decorações mais acolhedoras, como nessas toalhas de chita, que em outro momento poderiam ser vestidos de alguma musa de Jorge Amado. Pedi de entrada um encostelado, que é feito de costela bovina desfiada com molho da casa e cream cheese, acompanhado de pão assado na brasa. A dica claro é tirar pedaços do pão e jogar a costela por cima e comer com as mãos mesmo.
Na sequência pedi um Enroladinho Pai d'Égua considerado a prata da casa. É uma calabresa de frango que teve aquela película removida, temperada, recheada com queijo acompanhada de uma maionese caseira temperada com coentro, ao qual não sou muito fã, mas estava mesmo muito boa.
Como qualquer casa de espetinhos em Belém, vem acompanhando de vinagrete e farofa. Atenção para essa farofa aqui, estava crocante demais.
De sobremesa eu pedi um Romeu e Julieta. Trata-se de um espetinho de queijo coalho com goiabada derretida. Uma explosão de sabores.
Apesar de estar num bairro mais afastado, essa espetaria merece uma atenção. O clima bucólico da redondeza realmente te transporta ao interior do estado e a comida vale a pena, com um bom preço. Paguei um pouco mais de R$40 por tudo isso.
destemperados
Éguatchê Espetinhos: popularmente Paraense e Gaúcho
Destemperados
GZH faz parte do The Trust Project