O Brasil se tornou, nos últimos anos, um expoente no universo dos vinhos. Reconhecido mundialmente pela qualidade de seus espumantes, nosso país não deixa a desejar quando o quesito é diversidade de insumos e produtos para os mais diferentes paladares. Conheça e aventure-se pelas muitas regiões brasileiras do vinho nesse mapa que preparamos pra você.
SERRA GAÚCHA (RS)
Concentra 85% da produção nacional de vinhos. O terroir tem como características a menor luminosidade e os solos ácidos com boa drenagem, auxiliando a produção de vinhos de corpo leve e aromas intensos. A região se divide em quatro áreas certificadas: o Vale dos Vinhedos (com Denominação de Origem para seus vinhos), Monte Belo do Sul (com Indicação Geográfica – IG – para certificação de seus rótulos), Pinto Bandeira (Indicação de Procedência) e Altos Montes.
Uvas tintas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Tannat, Ancellota, Pinot Noir
Uvas brancas: Riesling Itálico, Chardonnay, Prosecco, Moscatos, Malvasias
CAMPANHA (RS)
As planícies e colinas da região de Uruguaiana, Dom Pedrito, Santana do Livramento e Bagé são destaque na produção
atual de vinhos no Brasil. O terroir, de solo rico em granito e calcário, vasta amplitude térmica, boa luminosidade e um clima seco, é ideal para o desenvolvimento das videiras e resulta em vinhos com maior graduação alcoólica. Abriga alguns dos vinhedos mais antigos do Brasil.
Uvas tintas: Tannat, Cabernet Sauvignon, Merlot, Touriga Nacional, Alfrocheiro, Tinta Roriz, Cabernet Franc
Uvas brancas: Riesling, Chardonnay, Gewürztraminer, Ugni Blanc
PLANALTO CATARINENSE (SC)
As cidades de São Joaquim, Campos Novos e Caçador constituem a zona produtiva mais alta do Brasil, chegando a até 1400m acima do nível do mar. As temperaturas baixas e o solo basáltico mostram bons resultados com uvas de comportamento tipicamente europeu. O clima também influencia na colheita, que acontece apenas no outono, entre abril e início de maio, época fora da temporada de chuvas e com noites mais frias. Os vinhos da região são complexos, equilibrados e com forte personalidade.
Uvas tintas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir
Uvas brancas: Sauvignon Blanc, Chardonnay
SERRA DO SUDESTE (RS)
O solo arenoso, as poucas chuvas e o relevo suavemente ondulado favorecem uvas com pouca acidez e altos teores de açúcar. Como resultado, os vinhos tendem a ter boa estrutura e cores bem concentradas. As principais cidades produtoras
são Candiota, Encruzilhada do Sul, Hulha Negra, Pinheiro Machado e Piratini.
Uvas tintas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Teroldego, Tannat
Uvas brancas: Chardonnay, Sauvignon Blanc, Malvasia
CAMPOS DE CIMA DA SERRA (RS)
A região, é uma das mais frias e altas do país, não foi uma escolha óbvia para a produção de uvas. Porém, a presença
constante de vento nos campos fez com que a maturação das frutas se tornasse mais lenta e longa, resultando em vinhos com aromas mais concentrados e riqueza de sabor. Hoje, a altitude é uma aliada das vinícolas, pois aumenta o tempo
de amadurecimento em relação a outras regiões.
Uvas tintas: Pinot Noir, Tannat, Cabernet Sauvignon, Merlot, Petit Verdot
Uvas brancas: Sauvignon Blanc, Viognier, Chardonnay, Pinot Grigio
VALE DO SÃO FRANCISCO (BA/PE)
O terroir inédito no Nordeste do Brasil começou a produzir vinhos na década de 1970 e hoje se destaca na produção de uvas, sendo o único a proporcionar duas safras por ano. Isso é possível devido ao clima quente e seco do semiárido. A produção tem grande influência do manejo do homem, já que as colheitas são planejadas para acontecerem durante todo o ano com uso de técnicas como o escalonamento das videiras e a irrigação artificial. A insolação constante e o solo com grandes depósitos de sedimentos rochosos produzem vinhos com altos teores de açúcar e frutados.
Uvas tintas: Cabernet Sauvignon, Syrah, Tempranillo
Uvas brancas: Chardonnay, Moscato, Chenin Blanc
destemperados
Vinhos brasileiros: habemus terroir
Destemperados
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