
Depois de Madalena (Jéssica Ellen) em Volta por Cima, o horário das sete tem uma nova dona: Leona, mocinha interpretada por Clara Moneke em Dona de Mim, trama de Rosane Svartman, com direção de Allan Fiterman, que estreia nesta segunda-feira (28).
Criadora de protagonistas batalhadoras como Paloma (Grazi Massafera), em Bom Sucesso (2019), e Sol (Sheron Menezzes), em Vai na Fé (2023), Rosane apresenta agora Leona, ou Léo, uma mocinha que “já começa no fundo do poço”, conta a autora.
Grávida e prestes a se casar com o amor de sua vida, Léo perde o bebê aos seis meses de gestação. A dor é tão profunda que ela desiste de tudo o que fazia sentido até então, como a faculdade e a relação com Marlon (Humberto Morais).
— As mocinhas mudaram muito ao longo do caminho e não há mais como objetivo principal um par romântico. A Léo quer ajudar os outros, mas se enrola. Esse é o diferencial dela — adianta Rosane.
Léo vai trabalhar na casa da família Boaz, cujo patriarca é Abel (Tony Ramos). Na mansão, a mocinha tem a missão de ser babá da pequena Sophya (Elis Cabral), filha caçula de Abel. O destino parece estar pregando uma peça em Leona, já que Sophya também era o nome escolhido para sua filha que não chegou a nascer.
No novo emprego, Léo também conhece Davi (Rafael Vitti) e Samuel (Juan Paiva), filhos mais velhos do milionário. Forma-se aí o triângulo amoroso principal da história – que bem poderia ser um quadrilátero, já que Marlon continua no coração da protagonista.
— Amo triângulo amoroso. Faço sempre para que todos os romances aconteçam — entrega a autora.
Reencontros de atores

Longe das sete desde Guerra dos Sexos, em 2012, Tony Ramos comemora o retorno ao horário, que proporciona mais leveza e atinge um público diversificado.
— Não sou um ator de horários, sou um ator de textos, de boas ideias. Sempre fiz novelas das seis, das sete, das nove. A gente vai fazendo o que um bom texto nos propõe. Fui convidado por Rosane (Svartman) e Allan (Fitterman) em outubro, e ali nascia pra mim um novo movimento na carreira — conta o veterano.
Há quase 10 anos longe das novelas, Claudia Abreu celebra o retorno aos folhetins, ainda mais pela complexidade de sua personagem, Filipa. Esposa de Abel, ela sofre com transtornos mentais e terá altos e baixos.
— Sempre achei novela das sete uma diversão. Tem cenas não tão longas, mas tem que contar muita coisa em menos tempo. Você é atriz em qualquer horário, mas cada horário tem sua linguagem. Há um ritmo diferente e tem sido muito bom fazer essa novela com o Tony Ramos. E com a Rosane, que tem uma antena muito forte pra conectar tudo o que acontece na sociedade.

Claudia conta que, apesar de ter circulado por diferentes produções no streaming, o telespectador da TV aberta clamava por sua presença:
— O público sentia falta de me ver de volta. Outro grande motivo que me atraiu para a novela foi estar ao lado do Tony e viver uma personagem bipolar, algo tão difícil de diagnosticar e que gera tantos ataques, principalmente se for mulher. É uma personagem que não deu certo como artista, não é uma boa mãe, procura seu lugar no mundo, mas não perdeu a fé na vida.
Por falar em Tony, o ator é só alegria por reencontrar Claudia. Os dois dividiram a cena em Belíssima (2005) e conviveram bastante por conta da viagem à Grécia, onde a novela foi gravada.
Movidos por paixão

Uma profusão de sentimentos domina Clara Moneke, que pela primeira vez se vê como protagonista de uma novela. Depois de roubar a cena como Kate – Katelícia, para os íntimos – de Vai na Fé, a jovem atriz retoma a parceria com Rosane Svartman.
O sorriso e o brilho nos olhos entregam a felicidade de Clara pelo novo e desafiador trabalho:
— Estou em êxtase com esse projeto. Torci muito por esse papel.
Quem espera uma mocinha perfeita, pode mudar de canal. Leona é solar, generosa e apegada à família, mas não é santa, admite sua intérprete:
— O maior desafio pra mim é conseguir respeitar e contar de forma transparente. Ela tem um quê de trambique, o que parece estranho falar de protagonista trambiqueira, mas ela está sobrevivendo de muitas maneiras.
Juan Paiva também “debutou” na TV pelas mãos de Rosane Svartman, e não esconde a gratidão pela oportunidade recebida em 2015, quando viveu Wesley em Totalmente Demais. Após interpretar personagens densos e sofridos no horário nobre, como João Pedro em Renascer (2024), o ator volta ao horário das sete, e adianta que nem tudo são flores para seu Samuel.
— Ele é dono de si até o momento que a Leona chega, depois se perde por conta da paixão. É o personagem que mais tem me exigido pensamentos e ideias. Samuel é um mistério que está sendo muito gostoso.
Mais um Davi na carreira de Rafael Vitti. Porém, ao contrário do protagonista de Além da Ilusão (2022), em Dona de Mim seu personagem não tem nada de bom moço:
— Nos últimos papeis que fiz, estava ao lado dos heróis, e o Davi é muito anti-herói, mas não é vilão. É um personagem solar e divertido, tem a função de trazer humor porque é muito cara de pau.
Entre novatos ansiosos e jovens atores animados, chama atenção a satisfação de Tony Ramos, que mesmo com quase 60 anos de carreira, demonstra fôlego de estreante. A sabedoria do veterano permeou a coletiva de apresentação da novela.
— Fazer novela é sempre viver um texto que nos aproxima das ruas. Novela é o eco do que está no nosso lado e às vezes a gente não percebe — definiu Tony.
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