
Apesar de ser uma trama de época, Amor Perfeito apresenta questões e personagens bastante atuais. Na década de 1940, quando se passa a história, mulheres solteiras eram mal vistas, enquanto as casadas precisavam de autorização do marido até para trabalhar fora. Mas a emancipação feminina chegou cedo a Águas de São Jacinto. Na cidade fictícia, elas estão em cargos de chefia, gerem seus próprios negócios e lideram protestos. Cândida (Zezé Polessa) foi ainda mais longe e virou prefeita da cidade!
Antes submissa ao marido, Anselmo (Paulo Betti), e vivendo apenas para a família, Cândida mudou radicalmente sua forma de pensar e maneira de agir. Ao descobrir que Anselmo foi amante de Verônica (Ana Cecília Costa) durante anos, e até teve um filho com ela, a dona de casa tomou as rédeas da própria vida e até fez da antiga rival uma grande aliada e amiga.
Sororidade
As duas mulheres enganadas pelo ex-prefeito deram uma aula de sororidade – união feminina – em uma conversa necessária e comovente. Em cena, grandes atrizes, totalmente entregues. Cândida e Verônica, ambas iludidas pelo mesmo homem, escolheram a união ao invés da inimizade, mãos dadas no lugar de tapas. Quem diria que uma novela de época se mostraria tão sintonizada com os temas da atualidade?