
A 4ª Vara Criminal do Foro Central Criminal Barra Funda, de São Paulo, condenou o apresentador Gilberto Barros por ter praticado homofobia e incitado a discriminação por orientação sexual. O caso aconteceu durante o programa Amigos do Leão em 2020, quando ele afirmou que "vomita" ao ver "beijo de língua de dois bigode", e acrescentou:
— Hoje em dia se quiser fazer na minha frente faz. Apanha dois, mas faz.
A sentença publicada na sexta-feira (12) prevê dois anos de reclusão em regime aberto e pagamento de 10 dias-multa, além da prestação de serviços à comunidade. À Justiça, Barros confirmou a fala, mas negou a acusação e, conforme o documento, afirmou estar “constrangido com a situação, pois sempre usou sua arte ou ofício para melhorar o país”.
A denúncia foi feita pelo jornalista e ativista William de Lucca, que prestou depoimento como testemunha do caso. No Twitter, ele comemorou a decisão: "Hoje é um dia histórico".
Os advogados de defesa de Gilberto Barros argumentaram que as declarações dele não causaram risco social à comunidade LGBT+ e que "pelo seu sangue italiano ele costuma falar muito". O apresentador poderá recorrer da condenação em liberdade.