Não é só Joe Exotic que está pagando pelos crimes revelados pela série documental A Máfia dos Tigres, lançada em 2020 pela Netflix. Agora, Bhagavan Doc Antle, dono de um zoológico na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, foi indiciado por acusações de tráfico de animais selvagens e lavagem de dinheiro.
Segundo o Departamento de Justiça americano, ele e mais quatro funcionários teriam traficado animais selvagens diversas vezes, violando a legislação federal. Lêmures, chimpanzés e guepardos estavam entre os animais comercializados ilegalmente pelo grupo.
Além disso, ele teria lavado US$ 505 mil em quatro meses, oriundos de um esquema que envolvia o transporte de imigrantes ilegais vindos do México para os Estados Unidos, segundo as investigações. O dinheiro era lavado por meio do zoológico, que inflava o número de visitantes.
Segundo os promotores, eles passavam cheques no nome de empresas que controlavam, recebendo 15% do dinheiro. Os cheques eram preenchidos sob o pretexto de pagamento por obras de construção no Myrtle Beach Safari, para servirem como prova de que os destinatários tinham renda legítima.
Antle pode pegar no máximo 20 anos de prisão por acusações relacionadas à lavagem de dinheiro e até cinco anos por acusações relacionadas ao tráfico de animais selvagens.
Em 2020, Doc foi acusado de tráfico de vida selvagem e crueldade animal. Ele também enfrenta acusações de má conduta sexual e comportamento predatório por mulheres anteriormente empregadas no zoológico, conforme mostrado no spin-off A Máfia dos Tigres: A História de Doc Antle, lançado em 2021.