A recepção de Gilberto Schwartsmann não poderia ser melhor. Ao abrir a porta de seu apartamento, no 12° andar de um edifício no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, o médico oncologista leva a reportagem diretamente para uma sala com estantes abarrotadas de livros. Há ali obras raras, algumas primeiras edições, que integram uma coleção de 500 exemplares. Aos 67 anos e com a faceirice de um menino diante de um brinquedo novo, Schwartsmann exibe um exemplar de A Ilíada, de Homero, datado de 1715, e outro da primeira edição de Ulysses, de James Joyce, de 1922. Apaixonado por arte, ele recém foi nomeado presidente da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) pelo governador Eduardo Leite. Já esteve à frente da Fundação Bienal do Mercosul, da Associação Amigos do Theatro São Pedro e da Biblioteca Pública do Estado. Também é um mecenas, pessoa que incentiva financeiramente os artistas e projetos culturais. Nesta entrevista, revela planos para a Ospa e defende que as elites façam mais pela arte.
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"Temos uma elite muito pouco preocupada com o futuro do Brasil", diz novo presidente da Ospa
Gilberto Schwartsmann apresenta seus planos para a orquestra e fala também sobre as relações que envolvem o consumo e o financiamento de arte no país