
Por 10 dias, 22 bailarinos do Studio de Dança Greyce Gross deixam as salas da escola de Sapucaia do Sul para ter aulas em Orlando (EUA) com os coreógrafos de um dos maiores polos de performances artísticas do mundo: a Disney World. O grupo gaúcho foi selecionado para o programa Performing Arts, que permite que instituições de diversos países se apresentem no parque e participem de workshops com os profissionais que organizam os espetáculos por lá.
Formada por integrantes de sete a 30 anos de idade, a trupe de Sapucaia embarcou neste sábado e deve subir aos palcos do Disney Springs amanhã, com o espetáculo Tapete Vermelho, criado para comemorar os 10 anos da escola. O processo de seleção, que incluiu documentação com informações técnicas do estúdio de dança, vídeos e fotos, durou de abril a outubro do ano passado. O resultado veio em novembro.
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– Foi a nossa primeira tentativa. Tínhamos esperança, mas não pensamos que conseguiríamos de imediato – confessa a diretora Greyce Gross.
Desde a aceitação, começaram os ensaios para adaptar a apresentação, originalmente com 300 bailarinos, para que ela fique de acordo com o programa. Também foram feitos eventos e rifas para arrecadar dinheiro para a viagem – por mais que os workshops não sejam pagos e haja um desconto no resort da Disney, a jornada não é gratuita.
Fabiana Carvalho, representante do projeto no Brasil e diretora da agência Qualité, informa que são de 30 a 50 inscrições brasileiras por ano, mas apenas cerca de 10 são efetivamente concretizadas com a viagem. De acordo com ela, o percentual de participantes do país ainda é pequeno – 90% das instituições aprovadas são de norte-americanos ou canadenses:
– O programa oferece aula em um lugar distante, com coreógrafos renomados e tendo a temática da Disney por trás. É um aprendizado bem diferenciado.
Nathalia Brasil Suris, de nove anos, uma das alunas gaúchas em Orlando, está empolgada. Ela dança desde os dois anos e meio de idade e já havia ido outra vez aos parques da Disney.
– A Nathi, de primeira, já quis ir. Nós nos envolvemos em todo o processo, foram muitos ensaios e mais os eventos para conseguir dinheiro. Agora, ela está pronta, muito feliz de poder dançar lá – conta a mãe, Carina, que acompanha a filha na oportunidade.