No Canadá, na cidade de Quebec, no início da década de 1980, um grupo de coloridos personagens vagueava pelas ruas em cima de pernas de pau, fazendo malabarismos, dançando, cuspindo fogo e tocando música. Era um grupo de teatro de rua, mas, já nessa época, as pessoas ficavam impressionadas e intrigadas com que os jovens artistas eram capazes de fazer.
Foi no aniversário de 450 anos de Quebec, precisamente 1984, que 20 artistas deram início a uma companhia de magia cênica: o Cirque du Soleil tomou corpo e saiu pelo mundo produzindo entretenimento de alto valor artístico. A trupe, 20 anos depois, já se apresentou para mais de 100 milhões de espectadores em 300 cidades e conta com 22 diferentes espetáculos espalhados pelo mundo.
Cada show do Cirque du Soleil é a síntese da inovação do circo, contando com enredo, cenário e vestuário próprios, e um dos grandes trunfos da trupe é a trilha sonora. Compositores do mais alto gabarito trabalham para proporcionar uma experiência sonora aos espectadores de uma forma que o espetáculo tenha uma sensação única.
Tema principal do espetáculo de 1994, que comemorava os dez anos da companhia, Alegria contava uma história de esperança. E a música tinha a pretensão de inspirar as pessoas. Até hoje, é um dos espetáculos mais populares do grupo.
Seguindo a lógica que coisas boas atraem coisas boas, o grupo mais fantástico do circo criou um espetáculo fixo em Las Vegas, cidade onde - reza a lenda - a alma de Elvis Presley ainda reside. O Viva Elvis é uma das grandes atrações da cidade mais exótica do ocidente, uma trilha sonora magnífica que deu uma roupagem moderna aos grandes clássicos do rei do rock, a ponto de virar um álbum em 2010.
E se Las Vegas é o lugar da alma do rei do rock, porque não juntar com a banda mais importante da história do rock? O Cirque du Soleil criou um outro espetáculo chamado Love, que homenageia a herança musical dos Beatles através dos seus temas atemporais e originais, usando as gravações originais realizadas nos estúdios Abbey Road.
Que a inventividade do Cirque du Soleil é gigante não resta dúvida, e que a música é parte essencial nesse enredo de magia e emoção, também. Assim, o grupo canadense também colocou em prática a sua forma colorida e cênica de eternizar outro rei da música.
A trupe canadense desembarcou em Porto Alegre e ficará este mês de março no estacionamento do shopping Bourbon Wallig com apresentações de terças a domingos. Os valores estão a preço único de R$ 240. Para quem quiser visitar artistas durante o intervalo do espetáculo, existe o famoso tapis rouge, que está com valor de R$ 400 por pessoa.