Alain Resnais foi o cineasta que mais apelou para os compositores eruditos - e foi respondido por eles. Esta foi minha conclusão ao escrever Ilha Cheia de Sons: Vanguardas Musicais e Cinema, capítulo do livro Cinema em Choque que Carlos Gerbase e Cristiane Freitas Gutfreind publicaram no final do ano passado. O que eu não disse então, mas digo agora, é que Resnais sempre foi um dos meus diretores preferidos, mesmo que eu venha deixando o cinema cada vez mais longe na minha lista de preferências. Uma das razões para a predileção vem exatamente do fato de ver o nome de compositores eruditos nos créditos dos seus filmes. Não como efeito de uma trilha pesquisada em CDs, LPs e gravações da antiga, mas como resultado de uma parceria verdadeira.
Sonoridades
Celso Loureiro Chaves: Resnais
Cineasta sempre manteve uma boa relação com os compositores eruditos