Sabe aquela máxima que diz que uma imagem vale mais do que mil palavras? Esqueça. Ao visitar a 9ª Bienal do Mercosul, que segue até 10 de novembro, você vai querer ler as plaquinhas de identificação das obras, conversar com os mediadores, ouvir o que os outros visitantes estão comentando e, daí sim, as obras ali expostas poderão se revelar imagens prolixas para seu público. Isso porque essas imagens pedem mais curiosidade do que aquela despertada com o que a vista alcança. Não são obras retinianas. Aqueles objetos, dentre os quais alguns nem mesmo querem o status de obra única e aurática, remetem ao que não vemos ali. Ou seja: atiçam uma vontade de saber sobre o que trouxe aqueles objetos até nós, mais especificamente numa exposição de arte que se propõe realizar "se o clima for favorável".
Opinião
9ª Bienal do Mercosul mostra como a arte se aproxima da investigação científica
Exposições podem sugerir que esta edição está carente de obras, mas apresentam artistas que partilham a crença de que arte se realiza em processo