
Considerado um ícone do reggae, o cantor jamaicano Cocoa Tea morreu aos 65 anos na terça-feira (11). Calvin George Scott (nome verdadeiro do artista) estava internado em um hospital na Flórida, nos Estados Unidos, para tratar uma complexa e grave pneumonia.
— Ele estava vomitando. Ele foi diagnosticado inicialmente com linfoma em 2019, mas nos últimos seis meses, ele também estava lutando contra pneumonia — disse Malvia Scott, esposa do cantor, ao jornal jamaicano The Gleaner.
O primeiro-ministro da Jamaica Andrew Holness classificou duas músicas de Cocoa Tea como hinos: Rocking Dolly, faixa do álbum homônimo lançado em 1991, e I Lost My Sonia, do mesmo disco.
"Seus vocais suaves e letras envolventes nos deram clássicos atemporais como Rocking Dolly e I Lost My Sonia, músicas que se tornaram hinos em nossa paisagem cultural. Além de seu gênio musical, Cocoa Tea era um exemplo de gentileza e generosidade, sempre elevando os menos afortunados e incorporando o calor de nossa nação", publicou no X.
Além da esposa, Malvia, Cocoa Tea também deixa oito filhos.
Carreira
Com letras reflexivas e voz marcante, Cocoa Tea conquistou milhares de fãs ao redor do mundo. Ele começou a ganhar fama em 1985, aos 26 anos. O ápice da trajetória foi na década de 1990, após o lançamento do álbum Rocking Dolly. Suas composições típicas do reggae tradicional rodaram o mundo, embaladas por sua voz com uma leve rouquidão.
Scott voltou aos holofotes em 2008, quando lançou o álbum Yes, We Can em referência ao slogan de Barack Obama, que concorria à presidência dos Estados Unidos na época.
A última apresentação do cantor foi há três anos, em 2022. Na ocasião, Cocoa Tea participou do Jamrock Cruise, tradicional e popular evento de reggae a bordo de um cruzeiro na Jamaica.