O músico canadense Garth Hudson morreu aos 87 anos no dia 21 de janeiro, em Woodstock, Nova Iorque. O organista, saxofonista e acordeonista era, até então, o último dos cinco membros da formação original da banda de rock clássica The Band, criada em 1967.
A notícia foi confirmada pela agência noticiosa Canadian Press. A causa da morte não foi divulgada, mas sabe-se que ocorreu enquanto o músico dormia na casa de repouso em que ele vivia.
Hudson, reconhecido pelo amplo domínio de instrumentos, foi mencionado por ícones como Elton John e Billy Joel, como influência. O New York Times afirmou que tanto críticos como os colegas de banda concordavam que Hudson desempenhou um papel essencial em elevar o nível de qualidade do The Band, descrito pelo jornal como um dos grupos de rock mais ressonantes e influentes das décadas de 1960 e 1970.
The Band teve a oportunidade de ser a banda de Bob Dylan em sua infame turnê elétrica que aconteceu entre 1965 e 1966 e revolucionou como o folk e o rock eram apresentados ao vivo.
Após o fim do grupo em 1977, Hudson continuou a atuar como músico solo com a mesma admiração e relevância. O artista gravou e performou com diversos músicos renomados como Leonard Cohen, Tom Petty e Roger Waters, do Pink Floyd. Entre 1983 o grupo retomou as atividades com outra formação e em 1999 gravou sua última canção juntos. Em 2008 a banda ganhou o prêmio Lifetime of Achievement, do Grammy, que reconhece o conjunto da obra e a história de artistas.
A esposa de Hudson, Maud Lewis, com quem foi casado por mais de quatro décadas, faleceu em 2022. No mesmo ano, um fã mobilizou uma campanha online para que outros admiradores enviassem cartas para Hudson, que estaria se sentindo "solitário e desvalorizado".
Em abril de 2023, o músico fez o que se tornaria a sua última aparição pública em um sarau em Kingston, Nova Iorque. Hudson apareceu de surpresa em uma cadeira de rodas e cantou uma música do cantor de jazz Duke Ellington.