Foi curto e correndo contra o tempo, é verdade. Mas não deixou de ser leve e com a cara do verão. Assim foi o primeiro show realizado no Palco Planeta nesta sexta-feira (31). Às 18h16min, Lagum entrou em cena com seu pop rock ensolarado na 28ª edição do Planeta Atlântida.
Depois da abertura com Neto Fagundes e convidados, celebrando a resiliência do povo gaúcho, o festival começou de vez com a banda mineira. E a proposta do grupo combina, eficientemente, com o evento litorâneo. Para ajudar, o sol brilhava forte até então, casando com a proposta.
Formada em 2014, a banda de Belo Horizonte homenageia em seu nome uma lagoa de Brumadinho (MG), que os integrantes frequentavam. Aliás, a Lagum é composta por Pedro Calais como vocalista, Jorge e Zani nas guitarras e Chico no baixo.
O grupo costuma misturar pop rock, reggae, rap acústico e MPB – inserindo elementos acústicos e eletrônicos. É um som veranesco e refrescante, que casa com o carpe diem da estação. A trilha sonora para comer crepe triplo após queimar o corpo na praia — seja com sol ou com água viva.
No entanto, o Lagum enfrentou um problema de logística para chegar ao festival, o que atrasou o começo do show (previsto originalmente para às 17h40min) e encurtou o setlist. Calais relatou que o grupo ficou horas preso em uma conexão de voo no aeroporto de Campinas.
Mesmo assim, não faltou disposição e esforço da banda. Lagum abriu o show com Oi, talvez como um cumprimento ao público. Ou, então, como um anúncio de como será a noite de muitos planetários: “Não me espere em casa, não deixe o jantar/ Que hoje eu vou sair pra ver o outro dia amanhecer”.
No breve repertório, entraram faixas como Bem Melhor, Telefone e Eu Não Valho Nada. Houve espaço para a suavidade de Não Vou Mentir, com sua ode ao amor tranquilo (“Confesso que tô tão tranquilo/ Até engordei uns quilos/ De tão confortável que você me deixa/ Com a luz baixa/ Ouvindo um Jamie Cullum/ Meio deitado no seu colo até adormecer”).
Lagum apresentou Deixa e Universo de Coisas Que Eu Desconheço, que vai do pop suave ao hardcore, e fechou com a intensa Ninguém Me Ensinou, fazendo o público pular.
Ficou um gostinho de quero mais, mas que deve ser saciado no Coke Studio: na última música, Calais anunciou que a banda completaria o show nesse espaço, às 20h20mim.