O cantor Sixto Rodriguez morreu nesta quarta-feira (9), aos 81 anos, anunciou o site oficial dele. O músico, conhecido por sucessos de folk rock como Sugar Man e I Wonder, viveu um renascimento na carreira após descobrir que era cultuado na África do Sul e teve a trajetória contada no documentário Procurando Sugar Man (2012).
"É com grande tristeza que nós do Sugarman.org anunciamos que Sixto Diaz Rodriguez faleceu hoje cedo", disse o comunicado, sem dar detalhes sobre a causa da morte. "Estendemos nossas mais sinceras condolências às filhas dele — Sandra, Eva e Regan — e a toda a família dele", afirmou ainda o texto.
O auge da carreira de Rodriguez chegou quando ele tinha 70 anos, após o filme sobre sua história ser aclamado no Festival de Sundance e ganhar o Oscar de melhor documentário. Desconhecido nos Estados Unidos até então, o cantor descobriu que era um ídolo na África do Sul e que suas canções embalaram a luta contra o apartheid.
Como o país passava por um isolamento internacional na época, popularizou-se um boato de que Rodriguez havia se matado em frente ao público durante uma apresentação, frustrado com a falta de reconhecimento na música.
A internet ajudou a realidade a vir à tona. A filha do músico, Eva, encontrou páginas dedicadas ao pai e ele foi descoberto pelos fãs. Em 1998, Rodriguez fez uma turnê de sucesso pela África do Sul.
Rodriguez nasceu em 10 de julho de 1942, em Detroit, e era filho de pai mexicano com mãe indígena. Ele iniciou a carreira cantando em bares e conseguiu um contrato com a gravadora Sussex, que lançou dois álbuns dele: Cold Fact (1970) e Coming from Reality (1971), que receberam elogios, mas pouco venderam. Ele seguiu a vida trabalhando pesado no setor de construção civil, conseguiu se formar em Filosofia e se tornou um líder político da comunidade.
Com o sucesso do documentário, Rodriguez voltou a apresentar sua música e tocou em grandes festivais, como o Coachella, nos EUA, e o Glastonbury, na Inglaterra.