Sander Mecca, conhecido por ter sido parte da boyband Twister, atualmente trabalha com culinária preparando marmitas. Nos anos 2000, a banda pop fez um grande sucesso, mas assim que encerrou o trabalho com o grupo, Mecca se entregou ao vício em drogas. Após escrever um livro sobre a situação, o artista afirmou, em entrevista à revista Quem, que a renda proveniente da venda de seu material foi importante durante a pandemia.
— Durante boa parte da pandemia as vendas do meu livro, Inferno Amarelo, me salvaram financeiramente. Vendi todos os livros físicos e comecei a vender também em PDF. Nunca vendi tanto livro. Mas quando os livros acabaram a pandemia só estava piorando — contou. — Eu estava com vários projetos artísticos pausados. Esses tempos, fiz um almoço e todo mundo comeu de lamber os dedos. Sempre amei cozinhar e as pessoas sempre gostaram muito da minha comida. Pensei: "Vou vender comida congelada..."
O nome do empreendimento é Mecca Gourmet e o cantor conta que seu negócio está crescendo.
— Eu mesmo preparo os pratos. Faço tudo sozinho e com muita dedicação. Ainda mexo com a contabilidade, planilhas etc. Só não faço delivery, apesar de já ter recebido propostas de clientes falando que me pagava até mais se eu fosse entregar também.
Além da culinária, Mecca se dedica à produção do seu segundo livro, também sobre a luta contra a dependência química. Desta vez, ele conta que será mais sincero na obra, já que no primeiro livro ele ocultou questões que lhe causavam receio de expor.
— Quando fui preso, tinha apenas 19 anos. Saí da cadeia pensando que não ia ter coisa pior. Mas depois descobri que é mais difícil ficar sóbrio do que passar dois anos na prisão. É por isso que o título deste livro será Correntes Invisíveis. Essas grades que prendem o dependente fazem com que ele não enxergue que elas são muito piores que a prisão física. Estou limpo, mas sou um adicto de responsa. É uma luta diária.
O artista conta também que tem pensando na volta aos palcos e que está escrevendo novas canções, um roteiro musical autobiográfico e também toca um projeto de versões de Bob Dylan, que ele produz com seu ex-colega da banda Twister, Leo Nogueira.
— Sinto muita falta da energia do palco. Tenho feito algumas músicas e escrito o roteiro de um espetáculo sobre a minha vida. Espero poder voltar logo para o palco, que é o maior tesão de toda a minha vida, mais do que qualquer droga. Estou com um projeto de versões em português de canções do Bob Dylan.