O casal que se formou na plateia exatamente 20 anos atrás e está junto até hoje, esperando para celebrar a paixão em mais um encontro diante do palco. A mãe que ficou na saída de um show esperando pelas filhas depois que a van da família estragou pelo caminho. O jovem que virou meme e foi comparado ao cantor Shawn Mendes no meio do show de Anitta. Todas essas histórias são reais e têm um ponto em comum: o Planeta Atlântida.
São lembranças como essas que marcam a experiência do festival, que terá sua 24ª edição na sexta e no sábado, na Saba, em Atlântida. Conheça algumas dessas histórias e entre na vibe que une os planetários todos os anos:
Shawn Mendes no show de Anitta?
Diego Broboski, 21, virou celebridade nas redes sociais graças ao Planeta Atlântida. No ano passado, ele virou alvo de diversos comentários no Twitter durante a performance de Anitta no festival: a transmissão da TV filmou sua empolgação no meio da galera na Saba e diversos internautas o compararam ao cantor canadense Shawn Mendes.
A repercussão nas redes sociais lhe rendeu mais de 500 seguidores em poucas horas e uma centena de mensagens no Twitter.
– Me botaram no grupo de fãs da Anitta, que até lembram de mim e me chamam de ícone, essas coisas.
Mas ele concorda que os usuários na web exageraram um pouco:
– Não somos nada parecidos, só o branco do olho mesmo – diverte-se.
A Kombi no conserto
A família de Aline Posser, 30, tem uma história com o Planeta que envolve mecânico, carro estragado e mãe dormindo na entrada, mas nem por isso menos engraçada. Na edição de 1997 do festival, os pais e primos de Aline foram até a Saba levar sua irmã mais velha e duas amigas para o evento com a Kombi recém-comprada. Após deixar o trio de adolescentes na porta e ir até Capão em busca de hospedagem, a van estragou.
A mãe, preocupada, pegou um táxi e já ficou de prontidão nos portões do Planeta, esperando a filha e as colegas saírem do evento – o celular não era tão disseminado na época. Chegou a dormir na fila. Enquanto isso, o pai e Aline, com 9 anos, conseguiram um mecânico.
– Meu pai precisou dormir em uma Belina do responsável pelo conserto e eu fiquei dormindo dentro da Kombi. Entre tédio e boas risadas, nunca vou esquecer daquela noite – diverte-se.
Na saída, a mãe reencontrou as garotas. Foram mais alguns dias até a peça que faltava chegar até Atlântida. Por ter essa cena inesquecível, Aline garante que sua relação com o evento é especial e também irá marcar em 2019:
– A única certeza é que vai ser inesquecível e com a sensação de sempre ser a primeira vez. Vamos em 11 pessoas e todos estão mega empolgados.
Reencontro de almas
O Planeta Atlântida também é sinônimo de reencontros. Em 2015, Vinícius Gonçalves Mariano, hoje com 22 anos, estava nas areias do festival e acabou revendo uma amiga de infância - e viveram dois dias tão incríveis juntos que mantem a amizade até o momento.
— Me recordo estar caminhando quando reencontrei ela, foi muito marcante, nos abraçamos forte e curtimos o show do Armandinho juntos, aquela vibe e as lembranças daqueles dias não saem das nossas lembranças.
No mesmo ano, ele também viu o evento como uma chance de brilhar na pista de dança. No campeonato de Just Dance que rolava em uma das tendas, acabou ficando sem dupla, convidou uma garota aleatória na fila e encontro de almas realizado com sucesso: os dois viraram amigos e seguem papeando até hoje.
Em 2018, o talento para a dança lhe garantiu a vitória da mesma disputa musical na segunda noite do Planeta:
— Foi fantástico, e é incrível como a dança une as pessoas e faz com que seus corpos sejam libertados.
Direto da web para o Planeta
Quem acompanha as redes do festival, já está familiarizado com Arthur Gubert, 28 anos, e Juju Massena, 29. A dupla de comunicadores da Rede Atlântida marcou presença semanalmente na web para falar das novidades, dar dicas e bater papo sobre as atrações. A história dos dois com o evento é longa: como espectadores ou a trabalho, Arthur já esteve em dez edições e Juju em oito.
Logo na primeira vez em que foi ao Planeta, Arthur viveu uma experiência inesquecível. Em 2006, ele e os amigos saíram de Atlântida Sul sem ingressos em ônibus pinga-pinga. Chegando lá, conseguiram os tickets na hora. Sem dinheiro para voltar, só lhes restava uma opção:
– Precisamos caminhar 15 quilômetros para retornar. Foi a minha melhor vivência com o festival – diverte-se o jornalista.
Juju conta que, assim como a maioria dos adolescentes do Estado, queria muito ir ao festival antes da maioridade, mas o pai não deixava:
– Minha primeira ida foi em 2008 e foi uma verdadeira comemoração do fim do ensino médio. Era um sonho!