O poeta amazonense Thiago de Mello morreu nesta sexta-feira (14), aos 95 anos, em sua casa, em Manaus. A causa da morte ainda não foi divulgada. As informações são do portal g1.
Nascido no interior do Amazonas, na cidade de Barreirinhas, Mello conquistou reconhecimento internacional na literatura. Poeta da Floresta, como era conhecido, ele teve suas obras traduzidas para mais de 30 idiomas.
Seu texto mais célebre é Os Estatutos do Homem. "Fica decretado que agora vale a verdade,/ que agora vale a vida,/ e de mãos dadas,/ marcharemos todos pela vida verdadeira", diz o Artigo I do poema.
Em 1997 e em 2000, foi reconhecido com o Prêmio Jabuti pelas obras De Uma Vez por Todas e Campos dos Milagres. Anos depois, em 2018, o poeta recebeu do Jabuti o troféu Personalidade Literária, em reconhecimento ao conjunto de sua obra.
No ano passado, ele foi homenageado pela 34º Bienal de São Paulo. O verso “Faz escuro mas eu canto, porque a manhã vai chegar”, retirado do poema Madrugada Camponesa, foi o tema da edição. À época, o poeta enfrentava problemas de saúde.
Ao g1, o escritor e poeta Tenório Telles informou que o velório ocorrerá no Palácio Rio Negro, Centro Histórico de Manaus, em horário ainda a ser definido. Ele lamentou a partida do amigo:
— A passagem do Thiago é uma perda irreparável para a cultura do nosso estado, para o país e para a literatura mundial. Ele fará muita falta pelos compromissos que ele tinha com a vida e com o ser humano.