Mudar a perspectiva de uma história bastante conhecida é um recurso narrativo também bastante conhecido. Para além de devolver frescor, convida, obviamente, a estendermos um outro olhar a personagens com os quais já estamos familiarizados. A escritora policial P. D. James, por exemplo, escalou o elenco de Orgulho e Preconceito em Morte em Pemberley, que se passa alguns anos depois dos eventos descritos no clássico romance de Jane Austen.
O dramaturgo Tom Stoppard reencenou Hamlet, de Shakespeare, pelo ponto de vista de dois coadjuvantes em Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos. A Disney recriou A Bela Adormecida no filme Malévola, transformando a bruxa em uma espécie de heroína.
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Em "Golias", Tom Gauld reconta a história da Bíblia pelo olhar do vencido
O gigante filisteu surge como um burocrata pacífico na versão do cartunista escocês para a parábola de Davi
Ticiano Osório
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