A princípio é preocupante: a premissa inicial de A Única História, romance mais recente do escritor inglês Julian Barnes, parece algo que você teria visto no primeiro capítulo da novela gaúcha Selvagens Inocentes (lembram?): "Todo mundo tem sua história de amor. Todo mundo. A história pode ter sido um fiasco, pode ter fracassado, pode nunca ter progredido, pode ter sido apenas fruto da imaginação, mas isso não a torna menos real (...) É a única história". Mas sendo Barnes o escritor que é, um dos maiores autores da língua inglesa em atividade, a riqueza de sua prosa e seu olhar ao mesmo tempo satírico e austero tornam este livro um estudo agudo da turbulência emocional do primeiro amor, associado a um panorama das transformações que precederam a revolução sexual.
Mundo livro
Novo romance de Julian Barnes narra primeiro amor às vésperas da revolução sexual
"A Única História" faz balanço das ambiguidades morais da sociedade inglesa no início dos anos 1960