
A atriz belga Emilie Dequenne, vencedora em 1999 do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por Rosetta, morreu no domingo (16) aos 43 anos, em Paris, na França, em decorrência de um câncer na glândula suprarrenal, considerado raro.
A artista passou vários dias em cuidados paliativos, segundo sua família e seu agente, que anunciaram a morte. A doença foi revelada por Emilie em outubro de 2023.
"Que batalha mais implacável! E não se escolhe...", publicou a atriz no Instagram em 4 de fevereiro, por ocasião do Dia Mundial contra o Câncer.
Em dezembro do ano passado, ela declarou em uma entrevista à televisão francesa que lutava contra uma doença cada vez mais agressiva, o que significava que "não viveria tanto quanto esperava".
Trajetória
Eemilie Duquenne estreou no cinema aos 18 anos em Rosetta, um filme dos cineastas belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, que rendeu o prêmio de melhor interpretação no Festival de Cannes em 1999.
— Trabalhamos durante 20 minutos e ficamos muito impressionados por sua força — disse Luc Dardenne nesta segunda-feira (17).
— Injetou uma enorme vitalidade a um filme que já seguia a 100 km/h— declarou Gilles Jacob, ex-presidente do festival, em uma mensagem enviada à AFP.
Vários atores franceses, como Jean Dujardin, Tahar Rahim e Vincent Macaigne, lamentaram a morte.
Na última foto publicada por Dequenne no Instagram, a atriz Juliette Binoche a agradeceu por compartilhar o que estava vivendo "com tanto ardor e generosidade".
"O cinema francófono perdeu, cedo demais, uma atriz talentosa que ainda tinha muito a oferecer", lamentou a ministra francesa da Cultura, Rachida Dati, na rede social X.
Ela deixa uma filha, Milla, nascida em 2002.