No segundo dos quatro episódios da minissérie Olhos que Condenam (2019), a mãe de um dos jovens negros presos injustamente no caso que ficou conhecido como “Os Cinco do Central Park” vê Donald Trump discursar, na televisão, a favor da pena de morte para os garotos. Era 1989, e o hoje presidente dos EUA ainda estava no início de sua escalada política. Trinta anos depois, uma produção de TV cobra o racismo latente de sua manifestação, recriando essa história do passado a partir de uma ponte com o presente. E Trump, mesmo consciente do desfecho do caso (o verdadeiro criminoso foi identificado em 2002, quando só então o quinteto pôde sair da cadeia), não cedeu: segue negando-se a pedir desculpas pela campanha difamatória que liderou à época.
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Como e por que, na era Trump, as tensões raciais pautam parte da melhor produção de TV e cinema dos EUA
Retórica de séries como "Olhos que Condenam" e de filmes como "Se a Rua Beale Falasse" se tornou mais enfática e eloquente; veja 10 produções imperdíveis do período
Daniel Feix
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