
A principal sensação que fica ao final de A era do gelo: O Big Bang, que estreia nesta semana nos cinemas, é a de esgotamento. O quinto desenho com a turma pré-histórica está eras geológicas atrás em termos de frescor e interesse em relação ao primeiro filme da franquia, codirigido em 2002 pelo brasileiro Carlos Saldanha. A nova animação traz outra vez o trio principal formado por um mamute, uma preguiça e um tigre-dentes-de-sabre – nessa aventura, porém, a dinâmica e a empatia dos três protagonistas é diluída pelo excesso de personagens que disputam com eles o primeiro plano, em uma história inflacionada de piadas fracas. Dirigido pela dupla Mike Thurmeier e Galen T. Chu, o filme está sendo exibido na Capital nas versões IMAX, 3D e convencional, em cópias dubladas e legendadas.
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Em A era do gelo: O Big Bang, a comunidade antediluviana liderada pelo mastodôntico Manny (voz de Ray Romano no original em inglês e de Diogo Vilela em português) enfrenta uma missão (quase) impossível: impedir que um cometa colida com a Terra e acabe com a vida no planeta – mais uma vez. Ao mesmo tempo, a preguiça Sid (John Leguizamo/Tadeu Melo) procura um novo amor, o tigre Diego e sua companheira sonham em virar pais,a filhote de Manny quer se casar, uma família de dinossauros voadores está caçando a doninha caolha Buck... e por aí o roteiro perde-se em uma infindável série de subtramas. Em meio à falação sem fim de uma fauna de criaturas secundárias, O Big Bang só encontra alguma graça no silencioso Scrat e sua obsessão pela avelã inalcançável – perseguição que desta vez leva o esquilo incrivelmente para o espaço sideral a bordo de uma nave.