
Durante este mês, em comemoração aos 50 anos da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS (Fabico), está sendo postada uma série de depoimentos da comunidade fabicana na página da Faculdade no Facebook. O primeiro, foi um vídeo da diretora Karla Müller. As postagens são diárias, e todos estão convidados a participar. A contribuição pode ser por escrito, foto, ilustração ou vídeo. O material deve ser enviado por e-mail (50anosfabico@gmail.com).
Os textos precisam ser curtos, com em torno de 150 palavras; se for vídeo, deve ter de um a dois minutos, gravado com o celular na horizontal. Na época da ditadura militar, houve tentativas de isolar os estudantes que resistiam ao regime. Em 1970, o Instituto de Filosofia da UFRGS, então localizado no Campus Centro, foi transferido para o Campus do Vale. O curso de Jornalismo, que fazia parte do instituto, foi realocado, em agosto daquele ano, para o prédio da gráfica da universidade, no Campus Saúde, onde hoje fica a Fabico.

Em 2020, as faculdades que foram desmembradas na ditadura estão todas completando 50 anos. Alguns dos atuais professores estudaram na Fabico, na década de 1970. Segundo Karla, é importante que depoimentos dessas pessoas venham à tona como memória do período.
A Fabico passou por muitas mudanças, como a separação dos cursos de Comunicação na época da abertura política e a criação dos cursos de Arquivologia, em 1999, e Museologia, em 2008. Serão relevantes os relatos sobre as diversas fases da história da faculdade, inclusive as mais recentes, de estudantes e servidores atuais.
Agora, a faculdade abriga seis cursos de graduação: Biblioteconomia, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Arquivologia e Museologia; três cursos de pós-graduação: mestrado e doutorado em Comunicação, mestrado em Museologia e Patrimônio, mestrado em Ciência da Informação. O PPGCOM completa 25 anos em 2020.
Dados de setembro de 2019 revelam que a Fabico conta com cerca de 82 professores e 33 técnicos, atendendo mais de 1,4 mil alunos nos cursos de graduação e aproximadamente 180 nos cursos de pós-graduação. Esses 50 anos simbolizam que muitas empresas do setor público e privado, organizações e ONGs têm profissionais, lá formados, com visão ampla de comunicação e informação.
— O cinquentenário é comemorado num momento importante para demonstrar a autonomia da universidade e da democracia participativa. Num período em que há tanta informação inverídica circulando, é importante formar profissionais com espírito humanista e cidadão, para evitar que esse tipo de estratégia seja usada de forma a prejudicar a sociedade — afirma a diretora Karla Müller.