Descendentes diretos de Manoel Joaquim da Silva Ruivo (1870-1928) e Brazilícia Ribeiro de Almeida (1881-1933) vão se reunir no próximo dia 20, sábado, na Sociedade Recreativa XV de Março, em Cambará do Sul, para seu segundo encontro. O casal de ascendência lusitana, sobretudo oriundos de Coimbra e Lisboa, por aqui aportaram por ocasião do beneplácito do governo imperial brasileiro, povoando inicialmente o litoral norte do Estado, disputando o território com espanhóis e nativos que por aqui viviam (Jês, Guaranis e Pampianos), em histórias cheias de ação.
Nossos personagens Manoel Joaquim e Brazilícia se fixaram nos Campos de Cima da Serra, mais precisamente no 3º Distrito de Bom Jesus, hoje São José dos Ausentes, onde criaram os três filhos: José da Silva Ruivo (1892-1974), Antoninho Ruivo (1896-1932) e Flordelíseo Manoel da Silva (1903-1972). Mesmo em condições precárias, ainda houve espaço para acolher em seus generosos corações três pequenos órfãos até a idade adulta. Seus descendentes espalham-se hoje por RS, SC, PR e MT.
Após a criação da primeira Constituição Republicana (1891), o Estado brasileiro, agora laico, deixa de dar validade aos assentamentos da Igreja Católica como únicos documentos oficiais válidos para as pessoas naturais, passando então essa tarefa ao Registro Civil Público. Por vezes, alguns novos cartórios resistiam em fazer constar o sobrenome Ruivo, por entender se tratar de apelido de família, fazendo referência à característica física, razão pela qual alguns descendentes não levam esse sobrenome, ainda que sabidamente pertencentes a essa linhagem.
Encontros como esse, além do congraçamento, ajudam a elucidar esses fatos, agregando assim a “nova parentela Ruiva”. O evento de 20 de julho deve reunir mais de uma centena de familiares e amigos em um almoço de confraternização, com exposição de fotos e documentos e, claro, animado fandango. Contatos com Odilon Fagundes da Silva pelo e-mail odilonfagundes@gmail.com ou pelo telefone (51) 99668-4368.