A lotação geral das unidades de terapia intensiva (UTIs) da Capital está em 97,7% nesta segunda-feira (19). É o oitavo dia consecutivo em que esse indicador fica abaixo de 100%. A oferta de leitos operacionais de UTI na cidade é de 972 camas para 936 pacientes graves internados. Como há 14 vagas bloqueadas, de acordo com o painel de monitoramento mantido pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o saldo de leitos livres é de 22.
Nesta tarde, um total de 96 pessoas espera por uma vaga de UTI em Porto Alegre. Há dois pacientes graves aguardando em unidades de pronto-atendimento (UPAs) e outros 94 recebendo cuidados em leitos de emergência adaptados. Na comparação com o cenário da cidade há um mês, em 22 de março, a fila se reduziu em 65%. Naquela ocasião, 277 pessoas esperavam por leito especializado.
Há 21 pacientes com diagnóstico suspeito para a covid-19 recebendo tratamento em UTIs nesta segunda-feira. Também estão internados 625 doentes graves com diagnóstico confirmado para a doença. De acordo com infectologistas e analistas de dados, a bandeira preta, medidas de higiene e de distanciamento social, que provocam a diminuição da circulação do vírus, são alguns dos fatores relacionados à queda do índice de lotação: um mês atrás havia 844 pessoas com coronavírus em UTIs, 219 a mais do que atualmente.
Em consulta feita por volta das 15h à ferramenta online da SMS, oito das 18 casas de saúde monitoradas registravam sobrecarga nas suas alas de cuidados intensivos. O Hospital Nossa Senhora da Conceição, que é referência em atendimento à covid-19 na Capital e está cuidando de 78 casos graves da doença, tinha 142,4% de ocupação. No Moinhos de Vento, a lotação chegava a 127,3% e, no São Lucas da PUCRS, a 118,6%. Duas instituições ainda não haviam atualizado seus dados nessa segunda-feira, o Hospital Porto Alegre e o Hospital Vila Nova.