Após reunião de diretoria realizada na manhã desta segunda-feira (26), o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) informou, em nota à imprensa, que as escolas devem suspender as aulas presenciais, inclusive as previstas para o turno desta tarde. "Diante da intimação recebida nesta manhã do Tribunal de Justiça do Estado do RS, o Sinepe/RS orienta para que as instituições de ensino suspendam as aulas presenciais, já a partir da tarde desta segunda, em cumprimento à decisão judicial", diz o texto.
O retorno das atividades presenciais previsto para esta segunda-feira foi suspenso pelo governo do RS às 7h40min. Presidente da entidade, Bruno Eizerik disse que vai aguardar o novo julgamento da ação em segundo, previsto para as 18h desta segunda. "Espero que tenhamos uma decisão favorável à abertura das escolas”, afirmou Eizerik no comunicado.
O informe destaca ainda que, para o presidente do Sinepe/RS, "o que está acontecendo é um descaso com a educação e um desrespeito com as crianças e as famílias". "Todos os demais setores da sociedade estão abertos, inclusive bares e centros comerciais, e nossas escolas estão fechadas há quase dois meses. É preciso haver um entendimento entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo para que não tenhamos essa insegurança e indefinição. Nossa comunidade escolar, e principalmente as crianças, não merecem essa situação", ressaltou Eizerik.
O Sindicato Intermunicipal dos Estabelecimentos de Educação Infantil do Estado do Rio Grande do Sul (Sindicreches-RS) também se manifestou por comunicado à imprensa no final da manhã. A instituição orienta que "todas as escolas que receberam suas crianças hoje cedo pela manhã mantenham suas atividades até que as famílias possam buscá-las com segurança".
Citando a sessão do Tribunal de Justiça, que deverá se posicionar a partir das 18h sobre o tema que vem provocando intenso debate jurídico, a diretoria e a assessoria jurídica da entidade reforçam que "o dia de hoje deve ser seguido normalmente para as escolas que receberam as famílias, uma vez que trabalhamos com crianças e não podemos simplesmente mandá-las embora e fechar as portas diante da confiança depositada pelas famílias em nosso trabalho".
A diretoria e a assessoria jurídica do Sindicreches criticaram o "fogo cruzado de toda essa insegurança jurídica e de um procedimento que ocorre da noite para o dia", mencionando que "nossas Escolas e as nossas crianças finalizam o domingo preparados e motivados para o retorno às atividades e amanhecem com a notícia de que devem ficar em casa em virtude de uma decisão que foi proferida na madrugada". "É inaceitável a conduta que o Poder Judiciário tem tido com a sociedade gaúcha!", destaca o comunicado.