Os entrevistadores que visitam domicílios para aplicar testes a fim de apurar a prevalência do coronavírus na população estarão nas ruas do Estado e de mais 125 cidades brasileiras a partir desta quinta-feira (14). É o começo da etapa nacional do estudo inédito coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e realizado no Rio Grande do Sul por iniciativa do governo gaúcho.
O levantamento nacional testará 99,7 mil pessoas em 133 cidades. Com isso, o Estado terá um ganho: além dos 18 mil participantes previstos para a fase local — que será concluída no final de maio —, mais 6 mil pessoas serão testadas dentro da etapa nacional, o que ajudará a retratar a prevalência da covid-19 na população.
O trabalho nacional será feito pelo Ibope e é financiado pelo Ministério da Saúde. No Estado, a coleta de informações é feita pelo Instituto de Pesquisa e Opinião (IPO).
— O estudo que inicia amanhã é disparadamente a maior pesquisa populacional do mundo sobre coronavírus. Os dados guiarão a tomada de decisão de gestores municipais, estaduais, e do próprio Ministério da Saúde — destaca o epidemiologista Pedro Curi Hallal, reitor da UFPel e que coordena o estudo.
Nas fases nacionais, que serão três, serão visitadas oito cidades que já integram o estudo local: Caxias do Sul, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana.
A UFPel também já confirmou a ampliação do estudo que está em andamento no Estado e que se encerra em maio. Depois das quatro fases concluídas, mais duas serão feitas, testando mais 9 mil pessoas.
As datas ainda não estão definidas. Com a ampliação, o estudo local ficará com seis fases e um total de 27 mil participantes.