A final da Copa do Mundo de 2022, no Catar, será em Lusail, uma cidade de 250 mil habitantes próxima à capital, Doha. As opções de lazer no município seguem o script dos países quinquilionários do Golfo Pérsico: shoppings, resorts e campos de golfe. Mas há uma singularidade: Lusail ainda nem existe.
A cidade está sendo erguida no deserto ao custo de US$ 45 bilhões - uma demonstração da ambição e opulência do Catar, um país riquíssimo que, em busca de projetar uma imagem de poder, está disposto a erguer cidades faraônicas sobre a areia.
A escolha da nova sede da Copa, feita em 2010 por uma gestão da Fifa depois acusada de corrupção por compra de votos, tinha um objetivo oficial: seguir a expansão do torneio para fora de centros tradicionais e, na esteira, lucrar com os novos ares - a expectativa é de uma receita histórica de US$ 6,6 bilhões, US$ 1 bilhão a mais do que na edição brasileira, em 2014. Já o país islâmico também tinha seus interesses: transformar a riqueza baseada em petróleo e gás em influência num mundo árabe comandado pela Arábia Saudita.
Será, afinal, a primeira Copa na região, marcada para ocorrer entre 21 de novembro e 18 de dezembro, bem no meio do calendário europeu de futebol - e não mais nos tradicionais meses de junho e julho, durante as férias de verão no Hemisfério Norte. A mudança obedece a uma questão de saúde: no meio do ano também é verão no Catar, e lá a temperatura pode atingir 50ºC - no fim do segundo semestre, os termômetros variam entre 20ºC e 30ºC. Para facilitar a vida, o xeque Tamin bin Khalifa Al-Thani prometeu que os oito estádios que receberão partidas terão ar-condicionado.
O pequeno país, do tamanho da Região Metropolitana de Porto Alegre e com 2,7 milhões de habitantes, há tempos tenta se afirmar no cenário internacional. Para isso, o esporte entra em campo. Em 2011, a família real comprou o Paris Saint-Germain, para onde foram jogar Neymar e Mbappé, e o Ministério do Turismo se esforçou para atrair torneios internacionais de ciclismo, handebol, atletismo e esportes aquáticos. Agora, constrói em alta velocidade estádios desmontáveis, metrô, hotéis e mesmo uma cidade.
Toda vez que a carioca Carla Ferreira, 34 anos, volta de uma viagem, encontra novas estradas, ruas ou viadutos na capital, que define como "um canteiro de obras". Desde 2010 ela mora no Oriente Médio - já passou pelos conservadores Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita -, e há três anos vive em Doha com o marido, o consultor em recursos humanos Vidal Ferreira, 39, e os filhos gêmeos de oito anos. A família faz parte da comunidade de 1,2 mil brasileiros que moram no Catar, segundo dados mais recentes do Itamaraty (de 2015).
— Vir do Saudi (Arábia Saudita) para o Catar foi uma liberdade. Antes, eu precisava cobrir o corpo todo para andar na rua e não podia dirigir. Claro que eu me acostumei, assim era o jogo e eu jogava. Mas, no Catar, a vida é normal, só temos que ter "bom senso" — comenta a estudante de psicologia que mantém o blog de viagem Carioca Travelando.
Rico, riquíssimo. E "isentão"
O que seria esse "bom senso" ao qual Carla se refere? De longe, o Catar desperta os maiores clichês do mundo árabe: um país quente, rico graças à exploração de gás e de petróleo, decerto comandado por um xeque de longas vestes brancas (thobe) obedecido por toda a população.
A realidade, em parte, encontra o imaginário dos brasileiros.
O Catar é um pequeno país desértico à beira do Golfo Pérsico que, durante grande parte do século 20, existia sob o domínio britânico e era eventualmente atravessado por piratas. Os nativos ganhavam a vida buscando pérolas no verão ou, no inverno, criando camelos. Só em 1971 o país se declarou independente.
A língua oficial é o árabe, mas, na prática, o inglês é o idioma do dia a dia. Pudera: dos 2,7 milhões de habitantes, só 300 mil são nativos. A eles, o governo dá o bom e o melhor: de terrenos a bolsas em universidades estrangeiras. Poucos cataris são pobres - não à toa, é comum encontrar carros caríssimos nas ruas de Doha, uma típica cidade do Oriente Médio à beira da praia salpicada de prédios espelhados.
Com o maior PIB per capita do mundo, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o motor da economia são as reservas de gás natural - o país é principal exportador do mundo -, além de boas jazidas de petróleo. Apesar de toda a grana, o Catar é visto, entre os países do Golfo Pérsico, como o irmãozinho menor ambicioso.
Desde o início do século 19, quem manda no país é a família Al-Thani, com a bênção britânica. O atual representante da casta é o xeque Tamin bin Khalifa Al-Thani, um emir de 38 anos educado no Reino Unido, pai de três crianças e marido de três mulheres. Quando mais novo, ele queria ser um jogador de tênis como seu ídolo Boris Becker. Seu pai foi até a Alemanha e levou Becker para dar-lhe aulas. Detalhe: o pai de Tamin, Hamad bin Khalifa Al-Thani, tirou o próprio pai do poder, em 1995.
— Como outros países da região, o Catar tem um regime monárquico absolutista, com um soberano hereditário não regulado por uma Constituição. Não existia nada por ali no passado, era um deserto e um pequeno porto, apenas. Uma tribo nas montanhas desceu, fez pacto com ingleses e ficou independente. Agora, o Catar se candidatou à Copa para se projetar no cenário internacional — resume Paulo Visentini, professor de Relações Internacionais da UFRGS.
Mas há algumas diferenças em relação a outros países do Golfo. O Catar constrói uma imagem de si como um país "isentão" - a resolução de conflitos entre nações vizinhas muitas vezes se deu em grandes salões de Doha. Além disso, apesar de ser uma nação islâmica onde não se come carne de porco, Doha é vista como reduto liberal da região: mulheres podem dirigir e não precisam usar abaya (veste que cobre o corpo todo). Podem, também, frequentar estádios de futebol e se candidatar a cargos públicos.
A família real se esforça para transformar Doha na capital intelectual árabe. A mãe do xeque, por exemplo, conseguiu filiais das universidades europeias e norte-americanas Georgetown, Northwestern, Aberdeen, HEC Paris e Texas A&M para lá. A conversa com os Estados Unidos, aliás, já existe há um bom tempo: há uma base aérea do Tio Sam próxima ao Palácio Real.
Se, até poucos anos, não havia um museu no Catar, hoje há grandiosidades como o Museu de Arte Islâmica de Doha (projetado pelo mesmo arquiteto responsável pelo Louvre). E é na capital que está a sede da rede de TV Al Jazeera, uma das maiores do mundo, de caráter liberal e responsável por veicular notícias não divulgadas em outros países vizinhos.
No dia a dia, as leis são pouco normalmente, embora mulheres costumem não usar roupas justas, decotadas ou saias acima do joelho. À beira-mar, os hábitos variam se a praia é pública (onde cataris usam burquini, um traje de banho que cobre o corpo inteiro, e expatriados evitam só sunga e biquíni) ou privada, localizada nas propriedades de hotéis (onde a cena é como no Ocidente, mesmo).
— É um país com costumes mais reservados do que os nossos, mas ninguém será punido por se vestir diferente. Não há uma polícia de costumes, como no Irã, onde com a unha do pé pintada você pode ser presa. A questão feminina é mal compreendida. Existe machismo e opressão fortes, mas não por causa do uso do lenço, e sim por aspectos semelhantes ao Brasil: a dificuldade de a mulher ascender a uma posição de comando, por exemplo — avalia Arlene Elizabeth Clemesha, professora de História Árabe no curso de Letras da Universidade de São Paulo (USP).
Não há boates ou bares e não se pode ingerir bebidas alcoólicas na rua: estabelecimentos assim só existem em hotéis, que são, na prática, oásis ocidentais em meio aos costumes árabes. Apenas nesses locais o consumo de álcool é permitido, e só para estrangeiros - que também podem beber dentro de casa, com a devida autorização do governo).
— Lá isso é uma coisa mais restrita. Será um impeditivo para marcas de bebidas alcoólicas que queiram patrocinar a Copa do Mundo. Não tem como saber ainda se vão liberar o consumo, mas marcas de água, de suco ou de refrigerante podem ganhar mais território, por terem um apelo maior, inclusive para os locais — diz Líbia Macedo, professora de marketing esportivo na ESPM-SP que já trabalhou em outros eventos esportivos internacionais, como a Copa no Brasil.
O piloto de avião Thiago Dornelles, 31 anos, saiu de Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, há dois anos. Mudaram-se ele e a mulher, a enfermeira Rafaella Dornelles, 28. Dos pontos positivos da mudança, ele destaca a segurança de Doha.
— Dá para ir ao mercado e deixar o carro ligado no estacionamento com o ar-condicionado e ninguém vai mexer - garante, falando por Skype a ZH. — Você pode andar com joias na rua ou caminhar por aí de madrugada e não tem problema algum. Doha é uma cidade muito cosmopolita. Reúne gente do mundo inteiro e, além disso, tem muito investimento em cultura. Neste ano já teve exposição com obras do Picasso por aqui. As restrições de vestimenta ocorrem, mas apenas nos prédios do governo ou dentro das mesquitas — complementa.
Um oásis de obstáculos
A escolha do Catar como sede, superando as candidaturas de Estados Unidos e Austrália, não passou incólume a uma série de críticas direcionadas à Fifa. De início, os altos custos para realizar a Copa em um país desértico. Dentro da federação, a opção já chegou a ser considerada o maior "erro histórico" da entidade, por causa do calor.
Depois, a imagem do Catar foi arranhada após investigações do FBI, das Justiças suíça e francesa e da própria Fifa apontarem que funcionários da federação e dirigentes internacionais receberam suborno para escolher o país como sede - entre eles, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e o então presidente da Fifa, Joseph Blatter, que, pressionado, pediu demissão.
Depois, vieram à tona as violações de direitos humanos de trabalhadores envolvidos nas obras para o mundial. Houve relatos de pedreiros vivendo com pouco acesso a água e comida, salários atrasados, passaportes confiscados e sem permissão para sair do país, a não ser com aval de chefes. Após a polêmica, o governo implantou medidas protetivas aos trabalhadores.
A cereja desse amargo bolo é a forma como o Catar enxerga pessoas LGBT+. A homossexualidade é ilegal no país e passível de prisão. Em 2010, Blatter sugeriu que turistas gays praticassem a "abstinência sexual", o que culminou com um pedido de desculpas. Expatriados residentes costumam dançar conforme a música, mas o que dizer de viajantes ocasionais típicos da Copa?
— À Fifa essas questões não importam, desde que não haja manifestações explícitas de racismo ou homofobia dentro dos estádios. De mais a mais, o perfil de turista que vai à Copa não é de se importar muito com essas questões, nem de buscar interações mais densas. O circuito é restrito: aeroporto, hotel, estádio, shopping, praia, eventualmente um sítio histórico. Politicamente falando, é um turista com perfil mais conservador. É mais provável que manifestações machistas ganhem destaque, como nesta Copa da Rússia, do que o inverso — argumenta o antropólogo do esporte Arlei Sander Damo, professor da UFRGS e autor do livro Futebol e Identidade Social.
É verdade que os países-sede sempre são esmiuçados pelos holofotes - no fim das contas, a imprensa do mundo inteiro olha para eles. Mas, para o advogado especialista em Direito Desportivo Pedro Trengrouse, professor de Gestão de Esporte na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, críticas sempre há: basta pensar nos apontamentos feitos à Copa do Brasil quanto à remoção de famílias e da corrupção na construção de estádios.
— Nada disso tirou o brilho da Copa em 2014 e não acredito que o tire em 2022. Assim como a Rússia acolheu a diversidade durante a Copa, acredito que acontecerá o mesmo no Catar. A enxurrada de turistas acaba flexibilizando costumes locais. A Copa é de todo o mundo. Em relação aos locais de concentração de torcedores e dos estádios em particular, deve acontecer o mesmo que aconteceu em 2014, quando a Fifa capitaneou mudanças na legislação brasileira para permitir a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. No Catar, inclusive, com estrutura de poder mais centralizada, isso é bem mais simples — afirma Trengrouse, que foi consultor da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Copa do Mundo de 2014.
Outra questão alvo de reclamação é que, com a transferência para o fim do ano, o torneio ocorrerá no meio da temporada europeia e no fim dos campeonatos latino-americanos. Após o choro de clubes europeus, a solução foi encurtar o tempo da Copa, antecipar campeonatos nacionais e prever uma pausa para atletas que devem ser convocados. Sobre o obstáculo, Trengrouse é otimista: vê no rearranjo o símbolo de uma Copa menos eurocêntrica.
— Esse modelo não se sustentará por muito tempo. A Fifa já está se movimentando para criar um campeonato mundial de clubes e acabar com o monopólio global da Europa com a Champions League. Além disso, o gigante asiático está acordando. Entre os 12 parceiros da Fifa e patrocinadores internacionais da Copa deste ano, seis são asiáticos e cinco, ocidentais, desconsiderando a russa Gazprom e os apoiadores nacionais. Esse crescimento do capital asiático no futebol se deve sobretudo aos chineses e faz parte de uma estratégia para que o futebol do gigante do Oriente se torne potência mundial — diz.
O irmãozinho encurralado
Mas há uma preocupação maior, que pode prejudicar a Copa: a Crise do Golfo, uma espécie de "briga de família" no Oriente Médio. Desde junho do ano passado, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Líbia, Iêmen e Ilhas Maldivas romperam relações diplomáticas com o Catar.
Aviões e navios cataris foram proibidos de transitar nesses países, o que encareceu voos, com consequências ruins para o turismo no país. A única fronteira terrestre do Catar, um trecho desértico de 65 quilômetros junto à Arábia Saudita, foi fechada. Cataris foram expulsos dessas nações, uma medida que separou famílias e impactou até no emprego de quem cruzava fronteiras diariamente. O curioso é que, historicamente, os habitantes desses países descendem da mesma tribo nômade e seguem o islamismo.
Para piorar, os vizinhos pararam de comercializar com o Catar, ao que Doha respondeu intensificando laços com Turquia e Irã e fomentando a produção nacional (passou a criar vacas no meio do deserto).
Motivo da briga: a aliança de países árabes acusa Doha de aproximar-se do Irã (arqui-inimigo econômico e religioso da Arábia Saudita) e financiar o terrorismo - argumento que, na prática, poderia ser levantado contra qualquer nação envolvida. Tamin Al-Thani, xeque do Catar, nega.
— Eles não gostam que somos tão independentes — afirmou, em entrevista concedida em setembro em Nova York.
A condição posta para reverter o bloqueio, arquitetado pela Arábia Saudita, é uma lista de 13 exigências. Entre elas, o Catar deve se distanciar do Irã e fechar a rede de TV Al Jazeera.
O xeque catari se recusa.
Por detrás do xadrez diplomático está um jogo de poder no qual o Catar busca se projetar como potência regional frente à Arábia Saudita, o grandão que sempre deu as cartas no mundo islâmico. O Catar é pequeno, mas rico, em função das jazidas de gás. E, aos poucos, desafia o irmãozão com quem faz fronteira - seja alinhando-se ao Irã, seja sediando a Copa.
A energia empreendida para demonstrar pujança está à mostra por todo lado em Doha: no preço das moradias, nos espigões modernos envidraçados, no shopping com canal por onde se anda de gôndola e - seu símbolo maior - na construção de uma cidade inteira.
— Os regimes políticos da região são monarquias absolutistas. Há uma disputa de poder dentro da Arábia Saudita e, quando o grande tem problemas, o pequeno tenta ganhar terreno. É uma briga entre árabes que disputam o mesmo espaço de projeção internacional. O xeque que dirige o Catar resolveu ter uma atitude independente, mas os países da região bateram de frente. Mais adiante, todos podem fazer um acordo e o Catar, ceder — comenta o professor Visentini.
Para o advogado Trengrouse, da FGV, o bloqueio até é uma preocupação se não for resolvido, mas Fifa e Catar podem entrar para a história se resolverem a questão pelo futebol. Ele cita a proposta da Confederação Sul- Americana (Conmebol) para a Copa ser disputada por 48 times, e não mais 32. Inicialmente prevista para ocorrer na edição de 2026, a mudança poderia ser antecipada, abrindo a oportunidade para o torneio se espraiar para outros países do Oriente Médio.
— Essa solução seria ganha-ganha, boa para todos: o Catar, mantendo o mesmo número de partidas, aproveitaria a Copa para melhorar suas relações com os vizinhos. E a Fifa garantiria o sucesso da competição, seriamente ameaçada por esse embargo, ao incluir mais sedes, ganhar mais dinheiro, reforçar o "soft power" da Copa e, ainda por cima, até ganhar um prêmio Nobel — defende Trengrouse.
E o Brasil com tudo isso?
Uma Copa do Mundo disputada em novembro e dezembro afetará também a rotina dos brasileiros. O evento ocorrerá logo após as eleições presidenciais e estaduais - e não antes, como de hábito. Visto que o futebol tem um imenso peso em nossa sociedade, há de se pensar: o que pode acontecer?
O professor Damo especula que, se as eleições forem acirradas como as de 2014, a tendência seria de as pessoas se disporem menos para o torneio. Ele compara a Copa ao pleito: ambas acabam com um vencedor, mas, enquanto no esporte o Brasil inteiro torce pelo mesmo resultado (e todos vencemos ou perdemos juntos), na política a população é disputada pelos candidatos - e acabamos divergindo dos vizinhos, dos colegas, da família.
— Em síntese, num caso, somos instados à identificação, pelo pertencimento a uma coletividade. Noutro, à segmentação, pela disputa em torno de ideologias e interesses — diz. — Há a possibilidade de os vencedores eleitorais aproveitarem a Copa para encontros e comemorações coletivas, em espaços mais privados. Se a Copa entrar no período de Natal e Ano-Novo, aí será uma grande festa, vai ter Papai Noel verde e amarelo entregando camisetas, bolas, mascotes e coisas assim. Mas não vejo como haver três ou quatro meses de "férias" ou suspensão da rotina. Entra-se no tempo da Copa aos poucos, de forma gradativa, mas se sai rapidamente, como neste ano. Veja que a Copa terminou no dia 6 para o Brasil, e tudo parece já ter voltado ao normal.
Interessou-se pelo Catar? Segundo cálculo realizado por GaúchaZH, basta economizar R$ 260 por mês até 2022 para assistir ao torneio direto de Doha. Ainda dá tempo de comprar o cofrinho.
Só não pode ser um porquinho.