Fazia um calor de rachar em Orlando quando, ao passar por uma simples porta, me descobri de bermuda e chinelos na Antártica. De mais de 30ºC a -1ºC, estava eu em um mundo de icebergs, blocos de neve e correntes de vento em plena Flórida, vivendo a mais nova atração do parque SeaWorld: o Empire of the Penguin.
Tudo começa em uma sala escura, onde, por meio de imagens projetadas em 360º, os visitantes acompanham o nascimento do pequeno Puck, o pinguim que irá guiá-los em uma aventura entre os perigos e as belezas da terra congelada.
Seguindo as imagens, ingressei em um novo ambiente ainda mais gelado (as temperaturas vão caindo aos poucos para que ninguém vire pedra de gelo). E após caminhar sob uma luz fraca, entre geleiras em tons de azul, tive de encarar a difícil escolha: Expedição Selvagem (Wild Expedition) ou Expedição Suave (Mild Expedition)? Como eu não estava para brincadeira, escolhi a primeira.
Meu grupo entrou em um carrinho que funciona como um simulador móvel, que nos permitiu ser o próprio Puck. Quando o bebê pinguim aprendeu a gingar e escorregar pela neve, por exemplo, sentimos o carrinho vibrar e deslizar pelo colorido caminho de gelo. Assim como a trilha sonora empolgante, nos motivava a imagem que nos aguardava no fim do trajeto: uma imensa colônia com 250 pinguins, formada pelas espécies adélia, gentoo, rei e penacho-amarelo. I-N-C-R-Í-V-E-L.
E como todo espetáculo exige um também espetacular trabalho de bastidores, fomos convidados a conhecer quem cuida, alimenta e dá carinho a esses animais. No Penguins Up-Close tour, encontramos pessoas apaixonadas pelo que fazem, que nos conduziram até uma portinha escondida, nos fundos da colônia das aves. Foi lá que abracei o Cobra, o meu primeiro amigo pinguim.
Não tem como definir o parque de outro jeito: trata-se de um fantástico mergulho no mundo animal. Além de poder interagir de pertinho com espécies como golfinhos, baleias beluga e outros animais marinhos, pode-se deixar surpreender com shows como o da famosa baleia shamu - que molha seu público, com saltos e peripécias dentro d´água. Os visitantes ainda são convidados a conhecer o trabalho desenvolvido pela equipe de cientistas, veterinários e biólogos no resgate e na reabilitação de animais feridos.
Só sei que depois de uma programação intensa, entre variadas atrações que o parque oferece, nem mesmo as vertiginosas montanhas-russas Manta e Kraken me trouxeram de volta à realidade. Notei que estava longe, longe, quando percebi que chovia de verdade. Despreocupada, havia me molhado inteira até me dar conta.
Achei que se tratava de mais uma das grandes surpresas reservadas a quem visita o SeaWorld.
*A repórter viajou a convite do SeaWorld Parks and Entertainment, da Copa Airlines e com apoio do Renaissance Orlando.
Serviço
Valor: US$ 92, para visitantes de 10 anos ou mais; visitantes de 3 a 9 anos pagam US$ 84; crianças de dois anos ou menos são isentas.
O que inclui: acessos a montanhas russas; show de baleias orcas, golfinhos e leões marinhos; encontros com pinguins, tubarões e outros animais marinhos.
Extras: interação com baleias belugas (a partir de US$ 119 por pessoa - acima de 10 anos de idade); tour de bastidores do Whale and Dolphin Stadium, em que é possível participar de sessão de treinamento de golfinhos e tour de bastidores no Empire of the Penguin, a mais nova atração do parque (ambos por US$ 59 para pessoas acima de 10 anos e US$ 39 para crianças entre 3 e 9 anos). Os ingressos têm acréscimo de 6% de impostos.
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