Preços atrativos
Em comparação com outras capitais do oeste da Europa, Berlim é uma cidade (ainda) relativamente barata. A oferta de albergues e hotéis é vasta e cabe em qualquer tipo de orçamento. É possível encontrar vagas em quartos compartilhados, por exemplo, de até 10 euros.
Outra dica para quem pretende ficar por um período mais prolongado é alugar quarto ou um apartamento mobilhado. E mesmo que você viaje com pouco dinheiro, nada de ficar só no sanduíche comprado no supermercado. Vale encarar uma Currywurst (salsicha típica da região servida com molho de ketchup e curry) para ter uma experiência berlinense completa.
A festa não para
Quem gosta de sair de segunda a segunda não ter tempo de dormir em Berlim. Em clubes de música eletrônica como Berghain ou Club der Visionäre, dependendo do dia, dá até para chegar na festa de manhã. A capital é conhecida por suas boates de música eletrônica em prédios de antigas fábricas.
Apesar disso, de góticos e a fãs de salsa encontram festas do seu gosto na cidade. Se você não tiver um local que possa te indicar qual o lugar do momento, a dica é visitar sites como www.berlin030.de ou www.clubmatcher.de para encontrar a noite que vai fazer você dançar até de manhã.
Esses sites, que ainda reúnem outras informações legais sobre a vida cultural cidade com programação de shows, teatro, cinema e exposições, ainda facilitam mais a vida de qualquer turista deixando buscar as festas por data, gênero, preço e até bairro.
Museu a céu aberto
Com seus 180 museus espalhados pela cidade Berlim se orgulha de dizer que tem mais museus que dias de chuva. Na cidade, estão patrimônios da humanidade como o complexo de exposições na Ilha dos Museus, que sozinho abriga cinco prédios com algumas das mais importantes coleções arqueológicas e de arte do século 19 da Europa.
A oferta de cultura é vasta e abrange temas como arte, música e até jogos de computador. No museu do estado da República Democrática da Alemanha (RDA), além da exposição permanente e interativa sobre a história do regime que dividiu o país até 1989 dá para fazer uma parada no restaurante do museu e provar a comida típica da RDA.
E olhos atentos a passear pelas ruas, Berlim é cheia de monumentos, intervenções, placas e prédios que contam mais história que qualquer exposição. Um bom exemplo são as pedras-obstáculo (Stolpersteine, em alemão), as pedras (Steine) douradas instaladas nas calçadas são uma homenagem às vítimas do nazismo. Elas indicam que naquele lugar onde você tropeçou (stolpern) morava alguém que morreu por conta do regime.
Transporte mais que eficiente
Aqui voltar para casa nunca é um problema, não importa a hora. Metrô, ônibus, tram e trens levam quem visita Berlim a qualquer lugar de maneira rápida e eficiente. Não se assuste com a falta de catracas, mas é exatamente por isso que quando o controlador encontra passageiros sem bilhete a multa é salgada.
Vale a pena comprar um dos passes que dá direto a usar todos os meios de transporte da cidade. Os bilhetes estão disponíveis em versões um diário, semanal ou mensal. Os dois últimos dão o privilégio de poder levar um acompanhante de graça durante todo o fim de semana.
Outra boa opção é o Berlim Welcome Card, que além de dar descontos em museus, lojas e restaurantes, dá direito de usar o transporte público pela validade do cartão. Durante a semana, dá para encarar tranquilamente os ônibus noturnos para se locomover. Já na sexta e no sábado, o metrô funciona sem parar. Para consultar horários e rotas do transporte na cidade acesse bvg.de
Paraíso vintage
Berlim tem cheiro de nostalgia e não é só nas roupas dos jovens estilosos que desfilam pelas ruas da cidade. Nos sábados e domingos, especialmente no verão, mercados de pulgas tomam contas de praças e parques da cidade. Neles, encontra-se de antigas fotos de família a cristaleiras que parecem saídas de filmes vitorianos. Além disso, em todos os bairros é possível encontrar uma quantidade enorme de brechós.
No Kleidermarkt Garage no bairro de Schöneberg, por exemplo, pela manhã durante a semana o preço das roupas é por quilo. Leitores ávidos podem fazer a festa em livrarias como a Sparbuch, que vende títulos em diversas línguas sempre por um euro. A cereja no bolo fica por conta das Photoautomats.
As cabines de fotografia antigas fazem sucesso na capital alemã. Por dois euros, turistas, amigos a caminho da festa ou casais apaixonados registram o momento em uma tira com quatro fotos instantânea em preto branco.
Cidade verde
Poucas metrópoles são tão verdes quanto a capital alemã. Apesar de ter mais de 3,4 milhões de habitantes, a cidade oferece uma quantidade de parques e áreas verdes vasta.
Os berlinenses se orgulham de dizer que todo o bairro tem pelo menos um "oásis verde" onde as pessoas passeiam de bicicleta, leem livros, caminham, bebem cerveja, fazem pique nique ou até churrasco com churrasqueiras descartáveis.
Os parques de Berlim são uma ótima pedida para recuperar as energias depois de um dia inteiro de caminhadas pela cidade. Nos dias de sol, são o local preferido para passar a tarde conversando ou até, acredite, tomar banho de sol.
Liberdade
Em poucas cidades da Europa se tem tanta liberdade como em Berlim. Apesar de ter uma polícia eficiente e órgãos que regem e controlam diversos aspectos na vida da cidade, a capital alemã tem um dos perfis mais liberais.
Diferente de outras cidades no país, festas não têm hora definida por lei para acabar e se poder consumir bebidas no metrô, nos parques, nas ruas. No verão, é comum encontrar jovens com caixas de som em estações de trem ou nos parques.
A estação mais quente do ano é a preferida para organizar eventos que acontecem espontaneamente nas ruas: as pessoas bebem, dançam, confraternizam e em algumas horas o movimento se dispersa.
Em diversos parques, é possível fazer churrasco, mas antes de acender o fogo vale procurar a sinalização para não correr o risco de pagar multa.
Viaje na gastronomia
Moradores de mais 180 nacionalidades dão o ar cosmopolita à cidade e para o bem do estômago dos visitantes a pluralidade acaba se refletindo também na gastronomia. Restaurantes com comidas e temperos de diferentes cantos do mundo podem ser encontrados em qualquer esquina.
Há quem diga que em Berlim é mais difícil comer comida alemã do que de qualquer outro lugar do mundo. Reza a lenda que o Döner Kebab (conhecido no Brasil como churrasco grego) que se come na Europa foi inventado por imigrantes turcos em Berlim nos anos 1970 no bairro de Kreuzberg.
O Döner é a fastfood mais querida dos berlinenses e pode ser encontrado em qualquer esquina com preços que variam de 1,50 a 3,50 euros. A cidade tem ainda incontáveis restaurantes e lanchonetes de lugares tão distintos quanto Itália ou Sudão onde se pode comer por até cinco euros.
Três dicas valiosas são os restaurantes Spätzle Express ou Hofbräuhaus para comer comida típica alemã e a lanchonete Nil para provar um um exótico sanduíche com delicioso molho de amendoim.
Berlim é Berlim
Quem vai a Berlim sempre volta ou pelo menos têm planos de voltar. Com uma integração perfeita entre o novo e velho e ruas coloridas por diversos grafiteiros que usam prédios como galeria de arte, a capital alemã pulsa e convida a desvendá-la além do programa turístico básico.
Em bairros como Kreuzberg, Neuköln e Friedrichshain todos os dias abre um novo café, livraria ou bar que dá a cidade um aspecto aconchegante. Segundo estimativas do escritório de turismo a oferta cultural de Berlim gira em torno de 1,5 mil eventos por dia.
Depois de uma temporada na cidade você com certeza vai entender o que a autora Anneliese Bödecker quis dizer com a frase que estampa camisetas e cartões postais por toda a cidade: "Os berlinenses são hostis e imprudentes, rudes e mandões. Berlim é cinza, barulhenta, suja e cheia de canteiros de obras e estradas bloqueadas para onde se vai e para. Mas eu sinto muito por todas as pessoas que não podem viver aqui"