Limão, morango, maracujá, abacaxi, kiwi, coco e até pitaya. Esses são os sabores de drinques oferecidos no litoral gaúcho em 2023. E o cardápio tem sido cada vez mais ampliado para agradar os veranistas. A reportagem de GZH visitou os quiosques de Capão da Canoa, no Litoral Norte, para descobrir quais as bebidas mais procuradas deste verão.
Na maioria dos casos, os gerentes apontam as caipirinhas como as mais consumidas. No entanto, a diferença está no sabor: cada vez mais outros tipos de frutas são pedidas, além do tradicional de limão. Na onda contemporânea do clássico drinque brasileiro, estão as caipirinhas de morango, maracujá e abacaxi. Nessa ordem, aparecem como opções cada vez mais consumidas.
Na família do mecânico industrial Marcelo Eckhardt, 40 anos, a mais pedida segue sendo a de limão. Contudo, outras alternativas têm sido mais frequentes.
— A gente prefere essa de limão, mais tradicional. Mas gostamos de variar de vez em quando com alguma mistura de morango ou abacaxi — conta Marcelo, que trouxe a família de Lajeado para curtir o verão em Capão.
Assim como ele, muitas famílias se reúnem para saborear um refresco em frente ao mar, mesmo havendo alguma pessoa que não consuma bebidas alcoólicas. No entanto, nas bancas visitadas pela reportagem, não havia drinques especiais sem álcool, a não ser cerveja ou sucos.
Vendas mobilizadas
Não só os tipos de frutas foram ampliados nas caipirinhas, mas também as bebidas alcoólicas que as acompanham. Nos quiosques há opções para todos os gostos, como cachaça ou vodka, e para todos os bolsos, com preços que variam em média entre R$15 a R$30, dependendo da marca.
E a inovação não parou somente na variedade do cardápio. Há também as promoções, como em um quiosque onde o cliente pode optar pela compra do drinque junto de um copo plástico personalizado.
— As pessoas sempre buscam como uma lembrança do lugar, para mostrar aos amigos onde estão, além de aproveitarem para reutilizar a taça por vários dias — explica Luiz Maia, 48, sub-chefe do estabelecimento.
Exclusividades da casa
Para conquistar os veranistas e se diferenciar da concorrência, os estabelecimentos apresentam criações de sabores únicos. Entre os espaços visitados pela reportagem, foram encontradas combinações diferentes de sucos de fruta com bebidas como cachaças e destilados mais fortes.
Em outro local, os atendentes oferecem uma “caixinha mágica”, com a possibilidade do cliente incrementar uma mistura de gin tônica com temperos, chás, pimentas e outras especiarias. Ou há, ainda, aqueles que ofertam drinques mais aprimorados, como em um onde a dica da casa é a bebida caribenha “piña colada”, uma mistura de rum com leite de coco, leite condensado, e suco de abacaxi.
Enquanto os bares fixos oferecem uma variedade maior, os vendedores ambulantes concentram as vendas no tradicional, com os valores na mesma média dos quiosques. A caipirinha de vodka e limão segue estampada nos carrinhos e é o produto mais procurado por quem para os vendedores na beira da praia.
Opção econômica
Por outro lado, muitos veranistas preferem iniciativas mais acessíveis ao bolso. Assim, em uma rápida caminhada entre os guarda-sóis, é possível perceber também a presença de grupos que levam o seu próprio “barzinho” em caixas térmicas.
Na moda há algum tempo entre os jovens em festas, os chamados “kits” ocupam também o seu espaço na praia. São combos de bebidas em que as pessoas montam os drinques por conta. Uma opção personalizada e que pesa menos no orçamento.
— Compro uma garrafa de energético, uma de vodka e um saco de gelo por cerca de R$ 60 no mercado. Isso dura até três dias. Se fosse tomar somente drinques da praia, gastaria o mesmo valor em um dia — comenta a auxiliar pedagógica Aline Gonçalves, de 26 anos.
Uma turma de amigos de Santa Maria apostou nessa ideia. Entre cinco pessoas, dividiram a compra e consumo dos ingredientes. Dessa forma, garantem que podem aproveitar por um menor preço e por mais tempo.
— A gente consegue comprar tipos diferentes de bebidas, sai mais barato dividindo e ainda mantemos gelado o dia todo no cooler — explica a estudante Letícia Salbego, 19.
No caso dos kits, a preparação costuma manter um padrão: geralmente feita com energético junto de um destilado, como vodka ou gin. Ao lado de Letícia no veraneio, o amigo Pedro Amaral, 20, assina concorda com as justificativas da parceira de praia:
— Achamos melhor trazer o nosso kit porque cada um bebe a combinação que gosta mais e também porque fica muito mais caro comprar drinque todos os dias — afirma o estudante.