O Dia Internacional da Mulher teve concentração, manifestações e marcha no Centro Histórico de Porto Alegre. Neste sábado (8), dezenas de pessoas se reuniram no Largo Glênio Peres, junto ao Mercado Público, para denunciar os variados tipos de violência de gênero. Cartazes abordavam temas como o negacionismo climático e a escala de trabalho 6x1.
Com o lema Pela Vida de Todas as Mulheres, cerca de 50 agremiações como movimentos feministas, núcleos do CPERS, de sindicatos, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), de partidos políticos de esquerda, entre outros grupos, encontraram-se no local, onde havia um caminhão de som e tendas com camisetas e adesivos sendo distribuídos.
A secretária de Mulheres da CUT, Suzana Lauermann, integrante da organização do evento, afirmou que as mulheres são sempre as primeiras a perder os seus direitos na sociedade.
— Essa data marca a luta das mulheres pelos direitos e a importância das trabalhadoras nesse dia — disse.
Em função do calor — fazia 31ºC às 10h —, a previsão era de que a marcha dos participantes seria realizada em um trajeto reduzido passando por vias como Voluntários da Pátria, Doutor Flores, Salgado Filho e se encerrando na Esquina Democrática.
Conforme estatísticas do Monitoramento dos Indicadores de Violência Contra as Mulheres no RS, da Secretaria da Segurança Pública do Estado, até 5 de fevereiro deste ano ocorreram 4.817 registros de violência contra a mulher. Os dados englobam feminicídio tentado, consumado, ameaça, estupro e lesão corporal.