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Morador desde 1994 de um prédio misto de casa, ateliê e museu a poucas quadras da fronteiras com o Uruguai, Hamilton Coelho se tornou famoso, até mesmo internacionalmente, como o "último morador do Brasil" - ou o primeiro, se a ideia é começar pelo Sul. É uma curiosidade que ele não leva muito a sério e com a qual às vezes até mesmo se incomoda. Isso porque esse título folclórico desvia a atenção para o que Coelho considera fundamental em seu trabalho como artista e militante ambiental.
Com material recolhido do mar, como toras, cordas, restos de embarcações e ossos de baleias, o escultor vem produzindo uma obra que se pretende de denúncia ambiental. Criou em sua casa um instituto de preservação marinha e recebe turmas de crianças e adolescentes. Em mais um capítulo da série Singular – um olhar sobre o RS, o repórter Itamar Melo e o fotógrafo Carlos Macedo visitam Coelho em sua solidão no Chuí, e registram seu trabalho.
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