A foto de uma bergamota descascada com os gomos já separados e embalados com filme plástico em uma bandeja de isopor - à venda em uma rede de supermercados -viralizou na internet, levantando discussões sobre o limiar entre a preguiça e a praticidade, puxões de orelha na "geração que não quer sujar as mãos" e críticas do ponto de vista ecológico.
Seja como for, a imagem é o retrato de uma tendência que ganha espaço nas prateleiras e no carrinho de compras dos consumidores: as frutas, verduras e carnes previamente porcionadas e acondicionadas de modo a economizar trabalho de quem as leva para casa. São os chamados produtos minimamente processados. Na Capital, as principais redes de supermercados oferecem tanto produtos manipulados pelas próprias lojas quanto alimentos picados e embalados diretos do fornecedor.
- O cliente vem buscando a praticidade, mas ela tem seu preço. O público que pode comprar esse tipo de produto representa mais ou menos 20% dos clientes. São consumidores que têm renda, que podem escolher o tipo de alimento e que estão dispostos a pagar o preço - afirma Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).
Mas não é só no bolso que o consumidor pode sentir a influência desses produtos. Será que existe diferença nutricional entre uma fruta picada e uma in natura? Qua é a melhor opção para consumo? Será que conseguimos reciclar todas essas novas embalagens individuais feitas para atender essa demanda?
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